quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz 2011



O verde é a cor mais harmoniosa de todas. Representa as energias da natureza, esperança, equilíbrio e recomeço. Renova as energias trazendo vida nova junto ao novo ano. Feliz 2011 para todos. São os votos do Partido Verde de São Gonçalo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Desmatamento da Amazônia leva à descoberta e à extinção de espécies

28/12/2010 - 10h22
DA FRANCE PRESSE

Na Amazônia peruana uma espécie de ave é descoberta ao ano e uma de mamífero a cada quatro, mas paradoxalmente cada nova descoberta faz parte de uma tragédia, pois ocorre devido ao desmatamento realizado por empresas de petróleo, mineradoras e madeireiras. Em muitos casos, a descoberta de uma nova espécie caminha lado a lado com o começo de sua extinção.

"As descobertas de aves, mamíferos e outras espécies na maioria ocorrem devido não a uma pesquisa científica, que custa muito dinheiro, mas pela presença de empresas petroleiras, mineradoras e de corte de árvores", disse à AFP Michael Valqui, da ONG conservacionista WWF-Peru (Fundo Mundial para a Natureza).

"Este tipo de descoberta põe em risco a espécie que se descobre, já que pode entrar em risco de extinção porque este lugar é seu único hábitat, devido ao clima ou bacia", acrescentou.

Entre as novas espécies descobertas nos últimos cinco anos estão a rã 'Ranitomeya amazonica', com coloração de fogo na cabeça e patas azuis, o papagaio-de-testa-branca e o beija-flor-de-colar-púrpura.

O Peru é o quarto país do mundo em extensão florestal, com 700 mil quilômetros quadrados de florestas tropicais amazônicas, que contribuem para reduzir o aquecimento global e abrigam grande biodiversidade.

Em outubro, mais de 1.200 novas espécies foram apresentadas em uma cúpula das Nações Unidas sobre biodiversidade. Delas, cerca de 200 foram descobertas na Amazônia peruana.

A região tem 25.000 espécies de plantas --10% do total mundial-- e é o segundo lugar do mundo com mais diversidade de aves, abrigando 1.800 espécies. Também ocupa o quinto lugar do mundo no que diz respeito à diversidade de mamíferos (515 espécies) e répteis (418 espécies).

Ernesto Ráez, diretor do Centro para a Sustentabilidade Ambiental da Universidade Cayetano Heredia, de Lima, comenta: "O número de espécies que desaparece para sempre no mundo todos os dias é muito superior ao número de espécies que descobrimos todos os dias. Há espécies, em outras palavras, que desapareceram antes que as tenhamos conhecido."

A Amazônia peruana deve fazer frente a um agressivo programa estatal de exploração petroleira e mineradora, que tem confrontado o governo e as comunidades indígenas do local.

"Uma empresa mineradora ou de hidrocarbonetos não é, em si mesma, destrutiva; a chave é se é limpa ou não", explicou Gérard Hérail, do IRD (sigla em francês de do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento de Lima).

Segundo os cientistas, a lagartixa de Lima, um animal de hábitos noturnos encontrado apenas em "huacas" (santuários arqueológicos) da capital peruana, está prestes a se extinguir, enquanto outras espécies já desapareceram, como o rato endêmico da "lomas" ou encostas (Calomys sp, um ratinho orelhudo).

"Os arqueólogos, ao limpar as 'huacas' para sua restauração, destroem o habitat da lagartixa de apenas dois a três centímetros, com cor avermelhada, que vive nos recantos e locais escuros do local", disse Valqui, do WWF-Peru.

Em 2009, o governo propôs, perante um organismo internacional sobre mudanças climáticas a preservação de 540 mil quilômetros quadrados de florestas e reverter processos de corte e queima para reduzir o desmatamento.

Atualmente, há no Peru 70 áreas naturais protegidas, que ocupam 200 mil quilômetros quadrados, 15% do território nacional.

"Faltam sinais claros para dizer até onde o país vai na defesa de sua biodiversidade", disse à AFP Iván Lanegra, defensor adjunto para o Meio Ambiente da Defensoria do Povo.

Para Nicolás Quinte, biólogo guia do parque nacional do Manu, no Amazonas, deve-se promover "as atividades que não sejam claramente extrativistas, mas também produtivas e que sejam sustentáveis com o passar do tempo. Uma delas pode ser o turismo que usa a floresta sem destruí-la."

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

6º Encontro de Leitura


O CISC, em parceria com o Ministério da Cultura e o SESC-RJ, promovem no próximo dia 21 de dezembro, a partir das 16 horas, o VI Encontro de Leitura - "De ponto a ponto tecendo novos encontros" - e a Ceia de Natal. Durante o evento haverá exibição de vídeos, leitura, música e poesia.

A organização do encontro pede para que os participantes levem poesias para compartilhar e livros para serem presenteados às crianças neste natal de 2010. Anotem aí, o endereço do Novo Espaço Ponto de Cultura:

AV. Visconde de Santarém, número, 301, sala 203, Tribobó, São Gonçalo RJ. (referência em cima do MERCADO SOCIAL AKI TEM - CISC Uma Chance )

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Saiba o que fazer com o lixo doméstico

O Brasil produz, atualmente, cerca de 228,4 mil toneladas de lixo por dia, segundo a última pesquisa de saneamento básico consolidada pelo IBGE, em 2000. O chamado lixo domiciliar equivale a pouco mais da metade desse volume, ou 125 mil toneladas diárias.

Do total de resíduos descartados em residências e indústrias, apenas 4.300 toneladas, ou aproximadamente 2% do total, são destinadas à coleta seletiva. Quase 50 mil toneladas de resíduos são despejados todos os dias em lixões a céu aberto, o que representa um risco à saúde e ao ambiente.

Mudar esse cenário envolve a redução de padrões sociais de consumo, a reutilização dos materiais e a reciclagem, conforme a "Regra dos Três Erres" preconizada pelos ambientalistas.

A idéia é diminuir o volume de lixo de difícil decomposição, como vidro e plástico, evitar a poluição do ar e da água, otimizar recursos e aumentar a vida útil dos aterros.

Tempo de decomposição dos resíduos

Veja abaixo quais os tipos de lixo que podem ser reciclados:

DESTINO PAPEL PLÁSTICO VIDROS METAIS

COLETA SELETIVA

PAPEL
Papéis de escritório, papelão, caixas em geral, jornais, revistas, livros, listas telefônicas, cadernos, papel cartão, cartolinas, embalagens longa vida, listas telefônicas, livros sacos, CDs, disquetes, embalagens de produtos de limpeza, PET (como garrafas de refrigerante), canos e tubos, plásticos em geral (retire antes o excesso de sujeira) garrafas de bebida, frascos em geral, potes de produtos alimentícios, copos (retire antes o excesso de sujeira) latas de alumínio (refrigerante, cerveja, suco), latas de produtos alimentícios (óleo, leite em pó, conservas), tampas de garrafa, embalagens metálicas de congelados, folhas-de-flandre.

LIXO COMUM
Papel carbono, celofane, papel vegetal, termofax, papéis encerados ou palstificados, papel higiênico, lenços de papel, guardanapos, fotografias, fitas ou etiquetas adesivas plásticos termofixos (usados na indústria eletroeletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos), embalagens plásticas metalizadas (como as de salgadinhos) espelhos, cristais, vidros de janelas, vidros de automóveis, lâmpadas, ampolas de medicamentos, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e de computadores clipes, grampos, esponjas de aço, tachinhas, pregos e canos.

Fonte: Instituto Akatu

Caso não haja coleta seletiva em seu bairro ou condomínio, procure as cooperativas de catadores e os Postos de Entrega Voluntária (PEVs).

O Grupo Pão de Açúcar também possui pontos de coleta nos supermercados em todo o país. A iniciativa está sendo ampliada para outras bandeiras do grupo, como a rede Extra.

FONTE:http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ambiente/lixo/index.jhtm

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Eco Ideias para o Natal


Com a aproximação do Natal, a família pode personalizar esses sacos e até mesmo tapar qualquer nome ou logotipo de loja, trocando-o com postais de Natal antigos, desenhos feitos pelas crianças ou outros motivos natalinos.


Embrulhos de tecido. Uma ideia vinda do Japão


Tecidos podem servir como uma elegante e reutilizável solução para embrulhar presentes, em vez de papel. Praticamente qualquer tamanho e tipo de tecido pode ser utilizado.




Uma nova vida para postais antigos

Precisa de uma boa ideia para reciclar cartões antigos de Natal e manter as suas crianças ocupadas num dia de Inverno? Desafie-os a recortar as suas imagens preferidas ou detalhes de cartões e postais antigos de Natal. Depois podem transformar os recortes em etiquetas para colocar os nomes nos presentes ou simplesmente colá-los na janela.

Bons presentes não custam necessariamente muito dinheiro

Se quiser realmente oferecer algo de valor, ofereça o seu tempo. Use o seu espírito de natal em atividades como embrulhar presentes em instituições de solidariedade ou ser voluntário num banco alimentar. Ofereça à sua família e amigos "vouchers" de tempo. Doe cinco horas de trabalho árduo, um cesto de biscoitos, duas lavagens de carro ou um fim de semana de babysitting. As possibilidades são infinitas e permitem personalizar o presente.

Feliz Natal

FONTE: http://www.portaldacrianca.com.pt/sugestoesp.php?id=32

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Micos-leões preto e da cara-preta têm agora plano nacional para sua conservação

Um grupo de mais de 60 representantes de organizações brasileiras e internacionais, entre elas o IPÊ, estiveram presentes na oficina do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Mamíferos do Sudeste da Mata Atlântica, em Ilhéus, Bahia. O plano é direcionado para região de ocorrência das quatro espécies de micos-leões (formando-se um quadrilátero imaginário), entre eles o mico-leão preto e o mico-leão-de-cara-preta. Além dos primatas, o planejamento inclui metas para conservação de roedores, morcegos, preguiça de coleira e o veado bororó.

O plano nacional foi desenvolvido durante encontro de 15 a 20 de novembro, com objetivo de conservar 27 espécies ameaçadas endêmicas da floresta atlântica na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, inclusive as quatro espécies de micos-leões e dois dos mais ameaçados primatas do Brasil, o muriqui do norte e o guariba. “As ações foram focadas em reverter ameaças previamente identificadas por profissionais atuantes em cada área, em um contexto mais amplo, de hábitat, mas também inserindo algumas ações focadas nas espécies”, conta Camila Nali, pesquisadora do mico-leão-de-cara-preta no Ariri.


IPÊ e a conservação do mico-leão preto


O Mico-Leão-Preto, cientificamente chamado Leontopithecus chrysopygus, é uma das espécies de primatas mais raras e ameaçadas do mundo. Endêmico da Mata Atlântica do interior do Estado de São Paulo já foi considerado extinto da natureza por muitos anos e, ainda hoje, sua situação é grave visto que a espécie era listada no Red Data Book (UICN) como criticamente ameaçada de extinção. Hoje, devido aos esforços do projeto Mico-Leão Preto do IPÊ este mico é listado em uma categoria mais esperançosa. A maior ameaça à conservação do mico-leão preto é a fragmentação das florestas que ocasiona o isolamento e declínio das populações restantes e a consequente degradação do seu habitat.

IPÊ e a conservação do mico-leão-de-cara-preta

O Programa para Conservação do Mico-Leão-da-Cara-Preta (Leontopithecus caissara), realizado pelo IPÊ iniciou sua história em 1996, na Ilha do Superagui, Parque Nacional do Superagui, Guaraqueçaba/PR. Entre 1996 e 2004 foram realizadas diversas pesquisas sobre a Ecologia e História Natural da espécie e sua floresta. As pesquisas resultaram em informações biológicas que ajudaram inclusive a conhecer os problemas e as vocações econômicas e sociais da região do Lagamar de Guaraqueçaba (PR) e Cananeia (SP).

Esse trabalho tornou possível a elaboração (junto ao IBAMA e IUCN/CBSG) do 1º Plano de Ações Conservacionistas para o mico-leão-da-cara-preta e a floresta única onde habita, em 2005. Neste mesmo ano, o programa expandiu sua atuação para a região continental de ocorrência da espécie, passando a concentrar sua atuação na região do Ariri, no município de Cananéia, região sul do Vale do Ribeira (SP), já que as pesquisas na região indicavam que no continente encontram-se as mais sérias ameaças ao mico e sua floresta.


FONTE: http://www.ipe.org.br

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Planeta passa longe de meta climática para limitar aquecimento global a 2ºC

CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

Se tudo der certo e todos os países fizerem o máximo para conter emissões de carbono nos próximos anos, o mundo ainda estará longe de cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 2ºC.

O quão longe acaba de ser calculado por um grupo internacional de cientistas: 5 bilhões de toneladas de gás carbônico estarão "sobrando" na atmosfera em 2020.

Ou seja, para cumprir o que se comprometeram a fazer na conferência do clima de Copenhague e evitar um possível aquecimento descontrolado da Terra, os países não apenas teriam de endurecer suas metas de corte de emissão como ainda precisariam desligar todo o sistema de transporte do globo.

O recado foi dado hoje pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), num relatório intitulado "The Emissions Gap" ("A Lacuna das Emissões").

O documento será entregue em Helsinque à chefe da Convenção do Clima da ONU, Cristiana Figueres.

Seus autores passaram seis meses avaliando 223 cenários de emissões de CO2 construídos a partir das metas voluntárias de corte de carbono propostas por vários países no Acordo de Copenhague, o pífio documento que resultou da conferência.

O resumo da ópera é que, se a humanidade quiser ter 66% de chance de manter o aquecimento global abaixo de 2ºC no fim deste século, o nível global de emissões em 2020 terá de ser de 44 bilhões de toneladas de CO2 equivalente --ou seja, a soma de todos os gases-estufa "convertidos" no potencial de aquecimento do CO2.

Se nada for feito, as emissões podem chegar a 56 bilhões de toneladas em 2020. "Isso elimina a chance dos 2ºC, e pode nos colocar no caminho de 5ºC de aquecimento em 2100", disse à Folha Suzana Kahn Ribeiro, pesquisadora da Coppe-UFRJ, uma das autoras do relatório.

SEM SOLUÇÃO

A implementação estrita do acordo também não resolve: as emissões globais cairiam para 52 bilhões de toneladas, ainda uma China de distância da meta de 2ºC.

Por "implementação estrita" os pesquisadores querem dizer duas coisas. Primeiro, as nações estão contando duas vezes emissões cortadas na área florestal. Se um país pobre planta florestas para vender créditos de carbono a um país rico, a dedução deveria estar apenas na conta do país rico. Mas costuma estar na de ambos.

"Na própria lei brasileira do clima está escrito que as reduções de emissão podem ser obtidas por MDL [venda de créditos de carbono para nações ricas]", diz Ribeiro.

Outro ponto espinhoso é a venda de créditos em excesso por países como a Rússia, cujas emissões já são menores que as metas de Quioto. O país ficou com créditos sobrando.

FONTE: A FOLHA DE SP

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Curitiba é escolhida a cidade mais verde entre 17 outras da América Latina

A cidade de Curitiba, capital do Paraná, obteve neste domingo a distinção de metrópole mais verde entre outras 17 da América Latina, segundo um estudo sobre meio ambiente apresentado pela empresa alemã Siemens e a unidade de estudos da revista britânica "The Economist".

No marco da Cúpula Climática Mundial de Prefeitos (CCLIMA), realizada no México, se apresentou pela primeira vez o Green City Index (GCI) da América Latina, classificando Curitiba, com 1,7 milhão de habitantes, como a única cidade "muito acima" da média quanto a normas ambientais.

Seguida dela, no segundo dos cinco níveis, ficaram outro grupo de cidades como Bogotá, capital da Colômbia; e Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Resultados "aceitáveis" na classificação foram obtidos pela colombiana Medellín, Cidade do México, Puebla e Monterrey, Porto Alegre, Quito e Santiago do Chile, colocadas no terceiro nível.

"Abaixo da média", o quarto nível em termos ambientais, ficaram Buenos Aires e Montevidéu, enquanto a mexicana Guadalajara e Lima, capital do Peru, estiveram um nível mais abaixo, "muito abaixo" da média, no nível mais baixo.

O novo índice considerou as variáveis de eficiência energética e emissões de dióxido de carbono (CO2), uso do solo e edifícios, tráfego, resíduos, água, situação das águas residuais, qualidade do ar e agenda meio ambiental de Governo.

O GCI pretende se transformar em um indicador que ajude a conscientizar as autoridades municipais sobre as necessidades de desenvolver políticas sustentáveis, explicaram os responsáveis pelo estudo.

"A ferramenta permitirá às cidades aprender mais de suas respectivas situações e fomentará a troca sobre estratégias eficazes partindo de uma base objetiva", disse Pedro Miranda, executivo da Siemens e diretor do estudo.

Segundo Leo Abruzzese, diretor global da Unidade de Inteligência de "The Economist", "o estudo demonstra que as cidades que seguem uma colocação integral alcançam resultados muito notáveis".

A metodologia do GCI foi empregada pela primeira vez com cidades europeias há um ano em outro estudo apresentado pela Siemens e "The Economist" com o apoio da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Banco Mundial (BM).

Aquela vez se tornou público o resultado em Copenhague dentro da 15ª Conferência das Partes da ONU sobre a Mudança Climática realizada em dezembro de 2009

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Projeto de lei pode aumentar desmate e enfraquecer Ibama

Lalo de Almeida/Folha Imagem

Desmatamento em Alta Floresta (MT); projeto de lei prejudica ambiente e facilitaria concessão de licenças para obras do PAC


O governo quer aprovar no Congresso um projeto de lei que pode aumentar o desmatamento e reduzir o rigor nos licenciamentos ambientais.

O projeto, originário da Câmara e em tramitação no Senado, tira do Ibama o poder de fiscalizar desmates.

O texto original, do deputado Sarney Filho (PV-MA), regulamenta o artigo 23 da Constituição, que divide entre União, Estados e municípios a competência para agir na proteção do ambiente.

Mas uma emenda de última hora, de deputados da Amazônia, diz que a fiscalização ambiental só poderá ser feita pela esfera licenciadora. "Como são os Estados que licenciam desmatamento, se o cara podia desmatar 2 hectares e desmata 10, só quem vai poder multá-lo é o Estado", diz Nilo Dávila, do Greenpeace. "Vai ser uma chuva
de processos."


O projeto de lei também determina que obras de impacto ambiental regional poderão ser licenciadas pelos Estados. Hoje o licenciamento é prerrogativa do Ibama.

O governo tem interesse na lei porque ela facilita a concessão de licenças para obras do PAC, como estradas -cujo impacto é muitas vezes limitado a um Estado.

Por isso, na semana passada, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) elencou o projeto na lista das cinco prioridades do governo para votação no Senado neste fim de ano.

Ambientalistas afirmam que delegar aos Estados o licenciamento de obras de grande impacto ambiental é um equívoco, já que os órgãos ambientais estaduais muitas vezes não têm capacidade e estão mais sujeitos a ingerências políticas.

O projeto está com o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que deve dar um parecer sobre a lei em breve.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/831746-projeto-de-lei-pode-aumentar-desmate-e-enfraquecer-ibama.shtml
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

sábado, 13 de novembro de 2010

Egito transforma deserto em florestas utilizando água reaproveitada

O governo egípcio desafia a natureza ao regar áreas desérticas com água reaproveitada para convertê-las em florestas, cujas superfícies já equivalem ao território do Panamá.

A diferença verificada após a intervenção humana é significativa. Onde antes havia uma paisagem desértica e inóspita, agora há áreas verdes cobertas de árvores de alto valor econômico como álamos, papiros e eucaliptos.

Tudo isso foi possível graças à água que utilizam, poluem e desperdiçam todos os dias os 80 milhões de egípcios. Ironicamente, esta é a melhor opção para as chamadas "florestas feitas à mão".

"A água residual pode transformar o que não é fértil, como o deserto, em algo fértil, já que contém nitrogênio, micronutrientes e substâncias orgânicas ricas para a terra", disse à agência de notícias Efe o professor do Instituto de Pesquisa de Solo, Água e Ambiente Nabil Kandil, especializado na análise de terrenos desérticos adequados para o florestamento.

A opinião é compartilhada pelo professor do Departamento de Pesquisa de Contaminação da Água, Hamdy el Awady, que até ressalta a superioridade das plantas regadas com água reaproveitada.

"Esse tipo de água tem muito mais nutrientes do que a água tratada e, por isso, é uma fonte extra de nutrição que pode fazer com que as plantas resistentes aos climas hostis cresçam mais rápido e, inclusive, tenham folhas mais verdes", explica El Awady.

DESERTO É MAIORIA

Os dois professores sabem bem da importância de equilibrar a oferta e a demanda em um país que produz 7 milhões de metros cúbicos de água residual ao ano e que, ao mesmo tempo, tem 95% de seu território coberto por desertos estéreis ou com pouca vegetação.

Ao todo, há 34 florestas ao longo do país, localizadas em cidades como Ismailia e Sinai, no norte, e em regiões turísticas do sul, como Luxor e Assuã, num total de 71,4 mil quilômetros quadrados que equivalem à superfície total do Panamá.

De acordo com o governo egípcio, há outras dez florestas em processo de "construção", em uma área de 18,6 mil quilômetros quadrados.

Os mais de 71 mil quilômetros quadrados de floresta plantados até agora são resultado das análises de solo, clima e água que possibilitaram a escolha das espécies de árvores capazes de sobreviver em condições extremas.

"A boa notícia é que as plantas são seletivas. São elas que selecionam a quantidade de água e os nutrientes necessários para sobreviver", explica El Awady.

A maioria das espécies cultivadas até agora é de árvores como álamos, papiros, casuarinas e eucaliptos, semeadas para responder à demanda de madeira do país, além de plantas para produzir biocombustíveis como a jatrofa e a jojoba, e para fabricar óleo, como a colza, a soja e o girassol.

Para Kandil, estes resultados são a prova de que o problema não é a terra, pois no Egito há de sobra, mas de onde extrair a água. Obtê-la das estações de tratamento primário --onde são eliminados os poluentes sólidos-- foi a saída mais barata, especialmente porque os sistemas de irrigação que transportam e bombeiam o líquido são os mesmos utilizados há anos pelos camponeses egípcios.

Apesar desta água exigir precaução devido à presença de poluentes e aos impactos da mudança no ecossistema para a biodiversidade sejam desconhecidos, o projeto, implementado pelo Ministério de Agricultura em parceria com o de Ambiente, parece ter obtido sucesso.

De acordo com Kandil, as "florestas feitas à mão" não só combatem as secas, a desertificação e a erosão. "[Elas] aproveitam a água residual, maximizam o benefício para os agricultores e satisfazem as necessidades de madeira do Egito, gerando benefícios econômicos para o país", acrescenta.

FONTE: DA EFE
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/827675-egito-transforma-deserto-em-florestas-utilizando-agua-reaproveitada.shtml

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mortes por dengue aumentam 90% de janeiro a outubro, segundo Ministério da Saúde



Dados do ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (11) mostram que até o dia 16 de outubro, foram registradas 592 mortes em decorrência da dengue, o que representa um aumento de quase 90% em relação ao mesmo período de 2009, quando houve 312 vítimas. O total de casos notificados este ano foi de 936.260 casos de dengue clássica, quase o dobro do ano passado. Do total, 14.342 foram classificados como graves.

Em coletiva à imprensa, o ministro José Gomes Temporão divulgou os resultados do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Lira). A pesquisa, que este ano contou com a participação de 300 municípios, mostra que 15 deles estão em situação de risco de surto de dengue.

Onze dos municípios em risco estão na Região Nordeste, 3 no Norte e 1 no Sudeste do país (veja tabela abaixo). Em 2009, quando o Lira contou com os dados de 161 municípios, havia cinco em estado de risco, determinado por índice de infestação por larvas acima de 4% nos imóveis pesquisados.

O Lira 2010 mostra que 123 municípios estão em estado de alerta, ou com índice de infestação entre 1% e 3,9%. Em 2009, 109 estavam nessa situação.

Somando-se os municípios em situação de risco e estado de alerta, pode-se concluir que 46% dos municípios apresentam problemas. O restante, ou 162 municípios, tem resultado satisfatório, ou seja, índice de infestação inferior a 1%, entre eles São Paulo e Belo Horizonte.

Capitais

Entre as capitais, duas estão em situação de risco: Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). Onze, em situação de alerta: Salvador, Palmas, Rio de Janeiro, Maceió, Recife, Goiânia, Aracaju, Manaus, Boa Vista, Fortaleza e Vitória. "Essas cidades merecem total atenção, pois qualquer descontinuidade nas ações de controle pode alterar o quadro para situação de risco", afirmou o ministro, lembrando que nas últimas eleições a interrupção de ações pelos novos gestores agravou o cenário no país.

Dengue: municípios em situação de risco
Município Índice Lira 2009 Índice Lira 2010
Afogados da Ingazeira (PE) não disponível 11,7
Ceará-Mirim (RN) não disponível 11,4
Bezerros (PE) não disponível 10,2
São Miguel (RN) não disponível 8,5
Serra Talhada (PE) não disponível 8,2
Rio Branco (AC) 3,9 6,5
Ilhéus (BA) 4,7 6,3
Floresta (PE) não disponível 5,7
Simões Filho (BA) 3,2 5,3
Mossoró (RN) 4,2 4,6
Porto Velho (RO) 2,6 4,4
Caicó (RN) não disponível 4,2
Camaragibe (PE) 2,7 4,1
Caetanópolis (MG) não disponível 4,0
Epitaciolândia (AC) 3,4 4,0

Outras dez capitais apresentam índice satisfatório: Macapá, São Luís, Teresina, João Pessoa, Brasília, Campo Grande, Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte e São Paulo. E quatro (Belém, Natal, Curitiba e Cuiabá) ainda estão consolidando os dados.

Em São Paulo, 33 municípios enviaram os dados até o momento. Ao todo, oito cidades (Andradina, Barretos, Bauru, Cubatão, Ribeirão Preto, São Sebastião, Taubaté e Tupã) estão em estado de alerta para a dengue. Os demais tiveram seus resultados satisfatórios. No ano passado, das dez cidades em risco de surto, duas eram do estado: Barretos e Presidente Prudente. Este ano, os municípios conseguiram melhorar seus índices, passando para alerta e satisfatório, respectivamente.

Causas

O ministro ressaltou que, além do alto percentual de municípios com índice superior a 1% de infestação em 2009, o cenário este ano teve como agravante o retorno do vírus tipo 1 da dengue, que havia predominado no final dos anos de 1990.

Nas regiões Norte e Nordeste, os índices de infestação tiveram maior relação com o abastecimento de água. No Centro-Oeste, o lixo foi o problema predominante. Já no Sul e no Sudeste, os depósitos domiciliares são a principal fonte de focos do mosquito.

Campanha

Além da divulgação dos dados, Temporão anunciou a estratégia de comunicação para a campanha de combate à dengue 2010/2011. O principal objetivo foi reforçar o tom de alerta nas peças de TV e rádio, com depoimentos de pessoas que tiveram dengue e a lembrança de que a doença pode levar à morte.

A renovação de conceito e de estratégia partiu de uma pesquisa de opinião que revelou uma resistência das pessoas em mudar seu comportamento, embora 96% saibam quais os sintomas da dengue e como fazer para combater o mosquito transmissor. A mensagem de 2009, “Brasil unido contra a dengue”, foi substituída por outra, que reforça a responsabilidade do cidadão: “Dengue: se você agir, podemos evitar”.

Risco Dengue

As informações do Lira 2010 serão incluídas no Risco Dengue, nova ferramenta de avaliação lançada pelo Ministério em setembro.

Para o verão de 2011, o Risco Dengue aponta dez estados brasileiros com risco muito alto de epidemia: Amazonas, Amapá, Maranhão, Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro. Estes estados receberão a visita do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, nas próximas semanas, para mobilizar gestores e profissionais de saúde e veículos de comunicação.

FONTE: Ciência e Saúde - Da Redação UOL
Ciência e Saúde4@UOLCiencia #UOL

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Encontro das Águas é tombado definitivamente pelo Iphan


Liége Albuquerque - O Estado de S. Paulo

O Encontro das Águas, fenômeno que forma o rio Amazonas, foi tombado em decisão unânime dos 22 membros do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na tarde desta quinta-feira, 4, no Rio. Segundo a decisão, ficam protegidos os dez quilômetros contínuos do encontro das águas pretas do rio Negro e das barrentas do Solimões, além de trinta quilômetros quadrados em seu entorno.

A empresa que estava construindo o Porto das Lajes, projeto orçado em R$ 22 milhões a 2,4 quilômetros do fenômeno, entrou com questionamentos ao tombamento há quinze dias, mas as impugnações foram rejeitadas. A reportagem procurou o responsável pela Lajes Logística, Laurits Hansen, mas não obteve retorno dos telefonemas.

A obra está parada desde junho, por falta de licenciamento ambiental do órgão estadual. O tombamento, contudo, não inviabiliza a obra, mas faz com que qualquer construção na área tombada seja obrigatoriamente autorizada pelo Iphan, além do já necessário aval de órgãos ambientais.

Conforme o texto do tombamento "toda nova intervenção que possa interferir nos valores arqueológicos, etnográficos e paisagísticos do bem deverão passar pela avaliação prévia do Iphan".

A área delimitada pelo tombamento abrange a Ilha de Xiborena, a comunidade Terra Nova, além dos bairros Mauazinho e Colônia Antonio Aleixo, o Lago do Aleixo e matas próximas. A empresa que quer construir o porto, alvo de protestos de organizações não governamentais em Manaus, tem o capital social formado em 70% pela Log-In Logística S. A. (uma das acionistas é a Vale do Rio Doce) e os outros 30% da empresa Juma Participações S. A. (de propriedade da distribuição local da Coca-Cola).

O porto tem o apoio das empresas da Zona Franca de Manaus, beneficiadas diretamente com a construção, projetada confortavelmente nos fundos da maioria das grandes indústrias. Para o pesquisador do Departamento de Biologia Aquática do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Geraldo Mendes dos Santos, o ideal seria a construção ser transferida para alguns quilômetros a mais para longe do Encontro das Águas, ao longo da extensa margem do rio Negro nos arredores de Manaus, para preservar de possível derramamento de óleo em importante área de desovas de peixes como o jaraqui e matrinxã.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,encontro-das-aguas-e-tombado-definitivamente-pelo-iphan,634748,0.htm



terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vá trocar sementes na Lapa



Crioulas: sementes de feijão de porco, guandu e milho.

FOTO DE JOÃO CARLOS FARIA/AE


Olha só que evento legal vai ocorrer em plena pauliceia, no dia 4 de novembro: a 1ª Feira de Trocas de Sementes Tradicionais e Crioulas do Estado de São Paulo. O evento vai ser no Tendal da Lapa, na Rua Guaicurus, 1.100, ao lado da Estação de Trem da Lapa, das 9h às 12h. Neste dia, quem quiser participar, pode trazer suas sementes tradicionais e crioulas. Mas, afinal, o que são sementes crioulas, tradicionais ou caipiras? Como bem explica o agrônomo Valdemar Arl, especialista em agroecologia, e membro-fundador da Rede Ecovida de Agroecologia, em seu artigo “Você sabe o que é semente crioula?”, “uma grande quantidade de espécies que usamos na nossa alimentação é nativa das Américas e foram deixadas pelos indígenas (astecas, maias, incas e outros), como por exemplo: milho, batata, mandioca, feijão, algodão tomate, pimenta, amendoim, cacau, abóbora e outros. Outras foram trazidas de outros continentes, como o trigo e o arroz, mas já por centenas de anos são conservadas e melhoradas pelas famílias agricultoras. Essas sementes que são conservadas e melhoradas pelas famílias de agricultores são chamadas de sementes crioulas”, escreve o agrônomo, que continua: “A disponibilidade e continuidade dessas sementes é virtude e missão da agricultura familiar/camponesa e não depende de nenhuma empresa ou país e, são fundamentais para a garantia de segurança e soberania alimentar dos povos. As sementes crioulas são adaptadas aos ambientes locais, portanto mais resistentes, e menos dependentes de insumos. São também a garantia da diversidade alimentar e contribuem com a biodiversidade dentro dos sistemas de produção. A biodiversidade é a base para a sustentabilidade dos ecossistemas (sistemas naturais) e também dos agroecossistemas (sistemas cultivados).”
Em uma feira de trocas que ocorreu recentemente no Vale do Paraíba, por exemplo, ressurgiram variedades como milhos palha-roxa, dente-de-cavalo, mixurum e cunha, além dos feijões preto, jalo, roxo e outros.
No Tendal da Lapa, a intenção é promover a troca destas sementes, inclusive algumas cultivadas organicamente, além de prestar informações sobre programas de apoio à produção de sementes. O evento é realização do Grupo de Trabalho de Sementes (CPOrg-SP), do Espaço da Cultura de Consumo Responsável. Qualquer pessoa que tenha sementes crioulas pode participar.

FONTE: http://blogs.estadao.com.br/organicos/

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

No Brasil, há mais de 300 mil catadores


Foto: Rede Latinoamericana de Catadores

Antes de um material ser reciclado ele passa pelas mãos de muita gente, inclusive as dos catadores de lixo. O trabalho desenvolvido por esses profissionais impede que toneladas de alumínio, papel, plástico e vidro sejam depositadas em aterros sanitários ou lixões e se acumulem no meio ambiente.

No Brasil, de acordo com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), a estimativa é que existam de 300 mil a 1 milhão de catadores em atividade no país, muitos deles reunidos em cooperativas e associações. Para que você conheça mais sobre essa classe trabalhadora, o EcoD separou alguns sites:

Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR)
Há quatro anos o Movimento Nacional de Catadores busca a valorização do trabalho desempenhado pelos profissionais da coleta de lixo. No site da organização, é possível conhecer mais sobre a classe, estar por dentro de notícias relacionadas a esse tipo de trabalho e conhecer as estruturas regionais espalhados pelas cinco regiões do país.

Expocatadores
No final de Dezembro, entre os dias 21 e 23, será realizada a Expocatadores 2010, em São Paulo. O evento é um espaço para a disseminação de conhecimentos, exposição de projetos sociais, iniciativas empresariais e tecnologias para aprimoramento da gestão da coleta seletiva solidária.

As inscrições para a Expo são gratuitas e podem ser feitas pelo site ou nas Coordenações Estudais do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) em cada estado.

Rede Latinoamericana de Catadores de Material Reciclável
A Rede Latinoamericana de Catadores de Material Reciclável ainda está em processo de consolidação, visto que catadores dos diversos países latinoamericanos também estão se organizando como classe trabalhadora. Entretanto, países como Colômbia, Chile e Brasil já realizam encontros, conferências e exposições sobre iniciativas sustentáveis para o lixo.

No site da rede você fica por dentro de cada uma dessas ações.

Associação Nacional de Recicladores da Colômbia
Desde 1990 a Associação Nacional de Recicladores da Colômbia se reúne para compartilhar conhecimentos sobre a coleta de lixo. Esses encontros abriram espaço para que os profissionais identificassem duas problemáticas e se estruturassem.

No site da associação colombiana é possível encontrar as diversas regionais da classe, links de organizações amigas e os serviços prestados.

Cata Ação
O programa Cata Ação é uma iniciativa que visa melhorar as condições de vida dos catadores de materiais recicláveis. O site do projeto é utilizado como uma ferramenta para disseminar informações e contar experiências referentes à reciclagem do país.
Na página você também encontra reportagens, vídeos educativos e dicas, além de um blog que em breve será criado.

FONTE: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/links-recomendados

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Regiões Norte e Nordeste serão as mais afetadas por mudanças climáticas, aponta Ipea

Da Agência Brasil

Estudo do Ipea mostra que mudanças climáticas podem reduzir capacidade de geração energia

As populações das regiões Norte e Nordeste serão as mais afetadas nas próximas décadas se houver agravamento das condições climáticas no Brasil, o que pode aprofundar as atuais desigualdades regionais e de renda. O diagnóstico consta na quarta edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental, elaborada por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e feita com a participação de especialistas de diversos setores no país.

O documento associa os problemas climáticos ao aquecimento global e prevê resultados de longo prazo. A perspectiva macroeconômica traçada pelo estudo indica em uma das simulações que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional poderia ser, numa primeira hipótese prevista para 2050, de R$ 15,3 trilhões (no valor do real em 2008). Em outra alternativa, com menos danos para o meio ambiente, poderá chegar a R$ 16 trilhões, se o clima ajudar.

O Ipea estima o risco de reduções de 0,55% ou 2,3% respectivamente para esses valores. O aquecimento global poderá elevar a temperatura no Norte e Nordeste até 8 graus Celsius (ºC) em 2100 como consequência do desmatamento da floresta amazônica.

Entre os compromissos assumidos pelo país no Protocolo de Quioto, a redução do desmatamento figura como a contribuição de menor custo. O valor médio de carbono estocado na Amazônia foi estimado em US$ 3 por tonelada ou US$ 450 por hectare. Se esses valores forem utilizados para remunerar os agentes econômicos poluidores, seriam suficientes para desestimular até 80% a pecuária na Amazônia. Seria possível reduzir em 95% o desmatamento com o custo de US$ 50 por tonelada de carbono, aponta o Boletim Regional, Urbano e Ambiental divulgado pelo Ipea.


FONTE:http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/09/22/regioes-norte-e-nordeste-serao-as-mais-afetadas-por-mudancas-climaticas-aponta-ipea.jhtm

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Primeiro selo verde do setor sucroalcooleiro do Brasil é do Grupo BalboSelo

Concedito pelo Imaflora e pela RAS garante a sustentabilidade ambiental e social da marca.

As usinas São Francisco e Santo Antônio, pertencentes ao Grupo Balbo, são as primeiras do setor a consquistar a certificação Ranforest Alliance Certified, concedida pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS), que monitoram boas práticas ambientais. A marca Native, parte do grupo, passa a utilizar o selo em seus produtos, como o álcool e o açucar orgânico.Manter a biodiversidade local é um dos critérios para conseguir o selo.

Com isso, a empresa planeja aumentar em 20% a venda de açucar orgânico para o exterior. Os produtos da marca, que incluem açucar, café, azeite e achocolatados, podem ser encontrados em diversos mercados do país.

Localizadas no interior de São Paulo, as fazendas são conhecidas por implantar o Projeto Cana Verde, que respeita todo o meio ambiente aliado à cultura da cana-de-açucar. As ações incluem o preparo da terra, adequação das variedades de plantio, adubação orgânica e eliminação da queima de resíduos.

A Native também detém outras importantes certificações, da Ecocert e da EcoSocial, que garantem também uma sustentabilidade social entre os funcionários e melhoras contínuas no sistema de produção.

Imaflora e Rede de Agricultura Sustentável

O Imaflora é uma Ong que trabalha para promover a conservação e uso sustentável dos recursos naturais para gerar benefícios sociais e elaborou o primeiro certificado socioambiental da cana-de-açucar em 1996. Já a Rede de Agricultura Sustentável promove a sustentabilidade ambiental e social por meio de desenvolvimento de normas. Desde 1992, já emitiu cerca de 600 certificados em 27 países.

Fonte:http://atitudesustentavel.uol.com.br/blog/2010/10/14/primeiro-selo-verde-do-setor-sucroalcooleiro-do-brasil-e-do-grupo-balbo/
Por Gisele Eberspächer - 14.10.2010
Foto: Divulgação

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Movimento pelo Planeta

Qua, 13 de Outubro de 2010


No mês de setembro, o Movimento pelo Planeta convidou os internautas a pensarem como as nossas atitudes influenciam o meio ambiente, chamando a atenção para a prática de hábitos sustentáveis. A iniciativa foi da Rede Smart, do Grupo Martins, um dos parceiros do IPÊ, que também participa da campanha. Aliás, o IPÊ continua no movimento, esperando o apoio dos ‘tuiteiros’ para plantar mais árvores na Mata Atlântica.

No site www.movimentopeloplaneta.com você pode verificar o balanço dessa fase inicial. Três atividades fizeram parte da iniciativa: o “Discurso pelo Planeta”, o “Pedale pelo Planeta” e ainda o “Plante pelo Planeta”.

Na opção “Plante pelo Planeta”, o Twitter é um ótimo aliado. O Movimento quer plantar ao todo 10 mil árvores. Três mil já serão plantadas pela rede em Nazaré Paulista, com planejamento, execução e acompanhamento técnico do IPÊ. Quem vai plantar as outras sete mil são os “tuiteiros”.Para cada seguidor do @mov_peloplaneta, uma árvore nativa será plantada na floresta pelo IPÊ. No site do Movimento, você se atualiza sobre quantas já foram plantadas na fase inicial e conhece qual é até agora a espécie mais votada para ser plantada nesta campanha.

Indique o movimento aos seus amigos, dê um RT para essa campanha!

Siga o movimento no twitter
Siga o IPÊ no twitter

FONTE: www.ipe.org.br

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Parceria entre Itaboraí e o Estado

A Prefeitura de Itaboraí e o Estado acertaram mais uma parceria. A partir de agora, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente está autorizada a emitir licenças ambientais a empreendimentos de médio e baixo impacto. Anteriormente, este documento era liberado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Com a medida, os maiores beneficiados serão os donos de estabelecimentos como padarias, lanchonetes, postos de gasolina e serralherias são algumas das atividades que podem dar entrada no licenciamento para instalação na cidade.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Adelmo Santos, festejou o acordo e aproveitou que o prefeito Sérgio Soares (PP) também tem planos de construção de um balcão de atendimento em formato online para emissão da licença ambiental. "Empreendedores terão mais agilidade nos processos", concluiu o secretário.

FONTE: Jornal O São Gonçalo
Enviado por Julio Cesar Brazil 11/10/2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Prefeita Aparecida Panisset exonera mais de 100 pessoas em São Gonçalo

Foram exonerados 30 servidores com cargos comissionados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e outros 72 da Secretaria de Políticas Estratégicas. Demitidos protestaram

A prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset exonerou nesta sexta-feira todos os 30 servidores com cargos comissionados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e 72 da pasta de Políticas Estratégicas. Da primeira, não poupou a secretária, Dora Cordeiro, presidente municipal do PV; nem o subsecretário, Ariel Silva Holmes. O titular da segunda pasta, Odimar Azevedo, permanece no cargo.

Revoltada, Dora Cordeiro considerou as exonerações uma represália por parte da chefe do Executivo, pelo fato da secretária não ter apoiado a candidatura à reeleição do deputado estadual Márcio Panisset (PDT), irmão da prefeita.

“Ela (Aparecida) poderia ter ao menos nos chamado para conversar. Isso não foi uma boa política. Fiquei sabendo das exonerações ao ler o Diário Oficial. Foi uma represália porque não pedimos votos para o irmão dela. Acontece que nós tínhamos os nossos candidatos a deputado estadual. Não havia como. Foi uma atitude arbitrária da prefeita”, criticou a dirigente verde, acrescentando que todos os servidores da secretaria foram exonerados.
Dora anunciou que agora o PV fará oposição ao Governo Aparecida Panisset.

“Será esse o caminho, inclusive na Câmara de Vereadores. Deveremos lançar um candidato próprio em 2012 ou apoiar candidato de outro partido da oposição. Vamos estudar isso mais adiante”, contou a ex-secretária, no cargo desde o início do segundo mandato da prefeita, em janeiro de 2009.
O PV tem um vereador no Legislativo, Augusto Sena, que está viajando e não foi localizado pela reportagem.

Procurada por O FLUMINENSE, a chefe do Executivo de São Gonçalo não deu retorno por e-mail ou telefone até o final desta edição para explicar as exonerações.

Odimar Azevedo também não foi localizado pela reportagem.


Por: Anderson Carvalho 08/10/2010
O FLUMINENSE

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PV não administra mais Secretaria de Meio Ambiente de São Gonçalo

São Gonçalo, 8 de outubro de 2010

Depois de 5 anos à frente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Gonçalo, Dora Cordeiro, foi exonerada do cargo de secretária.

A presidente do PV do município, Dora Cordeiro acredita que o motivo de seu afastamento foi porque o PV não apoiou a candidatura de Márcio Panisset para deputado estadual. "Não dei apoio porque o PV saiu com candidatura própria e, por determinação da executiva estadual do partido, não podia apoiar candidatos de outras legendas", explicou a ex-secretária.

Dora Cordeiro afirmou que estava cansada e também que discordava de algumas situações, que o trabalho desenvolvido não estava sendo reconhecido e que não tinha autonomia para gerir a Secretaria de Meio Ambiente. Segundo ela, tudo isso estava comprometendo o funcionamento da secretaria e de outros serviços importantes. "Sempre trabalhamos de forma precária, com carros em péssimo estado e os assuntos referentes ao meio ambiente sempre foram colocados em último plano", desabafou.

Sobre a questão do lixão, Dora Cordeiro disse que nunca entendeu porque a questão é administrada pela Secretaria de Obras. ‘Tive uma queda de braço com alguns membros do governo local sobre o assunto, mas respeitei a decisão da prefeita em deixar com a Secretaria de Obras", falou.

Dora Cordeiro preferiu não polemizar sobre seu desligamento da secretaria e fez questão de agradecer às pessoas que a acompanharam durante sua gestão. " Toda a equipe foi brava durante esse tempo, pois conforme disse anteriormente não tínhamos a menor condição de trabalho. Mesmo assim, todos faziam da melhor forma possível a sua parte", alegou Dora Cordeiro.

" Deixo importantes conquistas para a Secretaria de Meio Ambiente. Como a criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente, o plantio de 180 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica na cidade, a implantação da Agenda 21 local no município, o convênio firmado de descentralização de licenciamento ambiental para São Gonçalo junto ao INEA e a colaboração técnica junto as indústrias implantadas no município com o INEA”, afirmou.

A presidente do PV disse que só lamenta não ter conseguido na sua gestão recuperar o Fundo de Meio Ambiente. "Tenho a certeza de que o trabalho não acabou. E o Partido Verde sai mais forte dessa empreitada. Continuaremos nossa luta sem ataques pessoais, como é característica do PV", concluiu Dora Cordeiro.

sábado, 2 de outubro de 2010

Marina e Gabeira participam de carreata no Rio


Esta foto pertence a galeria Gabeira 43

A candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva e o candidato ao governo do Estado, Fernando Gabeira (PV), realizaram neste sábado (02.10) uma carreata pelas ruas do Rio. Os verdes passaram pelos bairros de Cascadura, Méier, Tijuca, Estácio e Centro, e terminaram o ato no aeroporto Santos Dumont.

Marina e Gabeira estão confiantes em um segundo turno, na disputa pela Presidência e na corrida pelo governo do Estado. Ambos afirmaram que o resultado das urnas vai surpreender a todos no país.

Marina Silva ressaltou que a 'onda verde' é grande e irá atingir boa parte dos eleitores. Segundo a candidata do PV, a capital fluminense foi escolhida como um dos locais de encerramento de sua campanha por causa do forte apoio que recebe na cidade.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dez dicas sobre voluntariado

A prática do voluntariado já se firmou na sociedade como uma forma de contribuir com quem precisa, da maneira que cada um puder. Seja uma vez por ano ou diariamente, milhares de pessoas tem ajudando a tornar o mundo um lugar mais justo e sustentável. Mas o voluntariado ainda carrega alguns mitos e as dúvidas são frequentes para aqueles que querem se candidatar. Por isso, confira essas dez dicas sobre voluntariado e faça a sua parte!

1. Todos podem ser voluntários

Trabalho voluntário é uma experiência aberta a todos. Não é só quem é "especialista" em alguma coisa que pode ser voluntário. Muito pelo contrário: todos podem contribuir, a partir da idéia de que o que cada um faz bem, pode fazer bem a alguém. O que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer de se sentir útil. Muitos profissionais preferem colaborar em áreas fora de sua competência específica, exatamente para se abrir a novas experiências e vivências.

2. Trabalho voluntário é uma via de mão dupla: o voluntário doa e recebe

Voluntariado não tem nada a ver com obrigação, com coisa chata, triste, motivada por sentimento de culpa. Voluntariado é uma experiência espontânea, alegre, prazerosa, gratificante. O voluntário doa sua energia, tempo e talento, mas ganha muitas coisas em troca: contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de viver outras situações, aprender coisas novas, satisfação de se sentir útil.

3. Voluntariado é uma relação humana, rica e solidária

Trabalho voluntário não é uma atividade fria, racional e impessoal. É contato humano, oportunidade para se fazer novos amigos, intercâmbio e aprendizado. Este sentimento de estar sendo útil a alguém é uma motivação fortíssima para o envolvimento de pessoas como os idosos, aposentados e portadores de deficiências, que a sociedade tende a desvalorizar e considerar inúteis

4. No voluntariado, todos ganham: o voluntário, aquele com quem o voluntário trabalha, a comunidade

A ação voluntária visa a ajudar pessoas em dificuldade, resolver problemas sociais, melhorar a qualidade de vida da comunidade. Seu sentido é eminentemente positivo: ao mobilizar energias, recursos e competências em prol de ações de interesse coletivo, o voluntariado reforça a solidariedade social e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e humana.

5. Voluntariado é uma ação duradoura e com qualidade

O voluntariado não compete com o trabalho remunerado nem com a ação do Estado. Sua função não é tapar buracos nem apenas compensar carências. Uma sociedade participante e responsável, capaz de agir por si mesma, não espera tudo do Estado, mas tampouco abre mão de cobrar do governo aquilo que só ele pode fazer.

6. As formas de ação voluntária são tão variadas quanto as necessidades da comunidade e a criatividade do voluntário

Tradicionalmente, no Brasil, o voluntariado se concentrou na área de saúde e no atendimento a pessoas carentes. O reconhecimento da urgência de ações nessas áreas não é contraditório com a valorização de novas possibilidades de voluntariado nas áreas de educação, atividades esportivas e culturais, proteção do meio ambiente, etc. Cada necessidade social é uma oportunidade de ação voluntária. Basta olhar em volta e dar o primeiro passo.

7. Voluntariado é ação

O voluntário é um pessoa criativa, decidida, solidária. No trabalho voluntário, não há cartórios nem monopólios. Não há hierarquia de prioridades. Não é preciso pedir licença a alguém, antes de começar a agir. Quem quer, vai e faz.

8. Cada um é voluntário a seu modo

Alguns são capazes individualmente de identificar um problema, arregaçar as mangas e agir. Outros preferem atuar em grupo. Grupos de vizinhos, de amigos, de estudantes ou aposentados, de colegas de trabalho que se mobilizam para ajudar pessoas e comunidades. Por vezes, é uma instituição inteira que se mobiliza, seja ela um clube, uma igreja, uma entidade beneficente ou uma empresa. No voluntariado é assim: não há fórmulas nem receitas a serem seguidas.

9. Voluntariado é escolha

Cada um contribui, na medida de suas possibilidades, com aquilo que sabe e quer fazer. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas poucas horas por semana. Alguns sabem exatamente onde ou com quem querem trabalhar. Outros estão prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade é mais urgente. Cada compromisso assumido, no entanto, é para ser cumprido.

10. Voluntariado é um fenômeno mundial

A escolha do ano de 2001, pelas Nações Unidas como Ano Internacional do Voluntariado, representa o reconhecimento internacional do voluntariado como fenômeno contemporâneo e global. Esta celebração é uma oportunidade a ser aproveitada para consolidar o voluntariado no Brasil como componente essencial de uma sociedade cada vez mais democrática e participativa.

Fonte: Guia do Voluntariado, da Associação Tertio Millennio, de autoria de Miguel Darcy de Oliveira.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Gabeira faz caminhada em São Gonçalo


Esta foto pertence a
Galeria de gabeira43 (654)Foto mais recente →

O candidato ao governo do Rio, Fernando Gabeira (PV), participou de uma caminhada nesta quarta-feira (29.09), em São Gonçalo. Gabeira esteve no bairro de Alcântara acompanhado de uma de suas filhas, a surfista Maya Gabeira, da presidente do PV de São Gonçalo, Dora Cordeiro e dos candidatos a deputados federais e estaduais do município.

Gabeira disse que pretende construir uma linha de metrô ligando o Rio de Janeiro a Itaboraí, na região metropolitana do Rio. Além da linha do metrô, Gabeira afirmou que se for eleito vai implantar um novo sistema de transporte com barca para atender o município de São Gonçalo.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desenvolvimento Sustentável

''Todos precisam ajudar a encontrar soluções para tornar o mundo mais sustentável''

Kate Dohring, Curadora do Fórum de Sustentabilidade do Festival SWU - Começa com Você

Como atrair jovens para o tema da sustentabilidade de uma maneira que não seja enfadonha? O festival de música SWU - Começa com Você tentará vencer esse desafio nos dias 9, 10 e 11 de outubro. Além dos muitos shows que ocorrerão, está programado um Fórum Global de Sustentabilidade com 24 palestrantes, a maior parte do exterior, nos três dias.

Entre eles estão empresários como Tom Szaky, fundador da empresa de reciclagem TerraCycle; a estilista Linda Loudermilk, que montou uma certificação de moda sustentável; Jeff Corwin, produtor vencedor do Emmy e apresentador de várias séries do Animal Planet; Tom Gueterbock, que produz jogos de videogame; e o músico Marcelo Yuka.

A curadora do fórum é Kate Dohring, fundadora da Wealth Living and Giving. As vagas são limitadas e é preciso participar de concurso para assistir às palestras, no site swu.com.br.

Em que momento ocorrerá o fórum?

As atividades do fórum vão começar ao meio-dia e se estendem até as 14h40. Os shows ocorrerão depois disso e muitos dos palestrantes vão querer ver as apresentações musicais.

E qual é a importância de reunir pessoas tão diferentes para debater no SWU?

A ideia é mostrar que a sustentabilidade está na nossa vida diária e todos têm o seu papel para tornar o mundo mais sustentável. Todo mundo precisa ajudar a encontrar as soluções. Queremos que o evento seja algo fácil de entender e conjugue entretenimento, educação e ativismo. É por isso que quisemos trazer artistas, cineastas, cientistas e líderes empresariais. O fórum será uma oportunidade para começarmos um diálogo, que deve ter continuidade depois.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100926/not_imp615419,0.php
26/09/2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010



Os Verdes do Rio de Janeiro estão convocados para participar amanhã (25.09) do Abraço Verde. O objetivo do PV é mostrar ao país qual o número (43) que o militante digitará nas urnas no dia 3 de outubro. A idéia é fazer banners de gente em várias cidades ao mesmo tempo.

Aqui no Rio o espaço escolhido para a manifestação de apoio é a Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão. A concentração está marcada para 12h e a montagem do banner humano com o Número 43 às 13h, com as ilustres presenças de Marina Silva, Gabeira e de nossos candidatos proporcionais.

Solicitamos a atenção de todos no sentido de usarmos roupas brancas, afim de obtermos um melhor contraste com o gramado da Quinta.


Participe você também. Rumo ao Segundo Turno!

Partido Verde / Movimento Marina Silva / Voluntários do Rio de Gabeira

Circuito Tela Verde

Desenvolvimento X Preservação da Natureza. Será que estas metas estão de lados opostos na balança do século XXI?

A Terra caminha rumo ao esgotamento dos recursos naturais, a produção de lixo cresce a ritmo galopante e o aquecimento global já é uma realidade. Mas ainda existem aqueles que lutam por um novo tempo e apostam no desenvolvimento e crescimento econômico em sintonia com a sustentabilidade.

E para dar continuidade a esse pensamento apostando na mudança da atual situação, na última quinta-feira (23.09)aconteceu a exibição da Mostra Nacional de Produção Audiovisual, denominada Circuito Tela Verde, no Município de São Gonçalo.

A exibição do Circuito Tela Verde ocorreu no Centro de Educação Ambiental Protetores da Vida, localizado na Rua Alfredo Bahiense, nº 127, bairro do Porto do Rosa. Alunos do Centro Educacional Monte Serrate estavam presentes e assistiram vários filmes e o curta-metragem "SID SEMENTINHA". A Mostra tem como objetivo despertar e conscientizar os estudantes para conservação do planeta.

Silvia Balthazar

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Fundação Leão XIII vai ser arborizada



A Prefeitura Municipal de São Gonçalo, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, por intermédio da Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF - e a Unidade de Saúde da Família - USF, vai plantar espécies nativas da Mata Atlântica no entorno da Fundação Leão XIII, na Brasilândia.

A idéia é preservar o meio ambiente colaborando com a melhoria da qualidade de vida dos moradores que usam aquela Unidade de Saúde e os que residem próximo ao local.

A ação será realizada na próxima sexta-feira (24.09)a partir das 09 horas na Fundação Leão XIII, localizada na Rua Miguel Angelo, s/nº, bairro Brasilândia.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Verdes e São Gonçalo em festa




Amanhã, quarta feira (22.09), o município de São Gonçalo comemora 120 anos de emancipação política e econômica. Em grande estilo o Partido Verde vai promover o “Encontro dos Verdes” e festejar o aniversário da cidade com a população.

A concentração e saída dos militantes e simpatizantes do PV-SG será a partir das 7h30, em frente ao Colégio Municipal Castelo Branco, no Boaçú. De lá, todos seguem para assistir ao Desfile Cívico, na Rua Feliciano Sodré, no centro da cidade.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Meio Ambiente de São Gonçalo no "Dia C"


Apa do Engenho Pequeno

A Prefeitura de São Gonçalo, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a Agenda 21 Local, Consciência Ampla sobre Rodas e Máxima Produções, participa nesta terça-feira (21.09), do "DIA C". Um projeto da Secretaria de Estado do Ambiente, em conjunto com o Instituto Terra, que tem como objetivo promover o plantio do maior número de mudas nativas em apenas 24 horas. O evento acontecerá das 9h às 12h, quando se comemora o Dia da Arvore.

Em São Gonçalo, O DIA C será realizado na Area de Preservação Ambiental do Engenho Pequeno. É importante lembrar que a Mata Atlântica, hoje, possui apenas 7% de sua cobertura original. Além de prestar serviços indispensáveis à vida, como a manutenção da biodiversidade e a preservação de nascentes, a floresta também é importante no combate ao aquecimento global, pois ajuda a regular o clima.

Neste dia serão realizadas atividades com o objetivo de sensibilizar e mobilizar os moradores de São Gonçalo para o desenvolvimento de consciência ambiental através do plantio de espécies nativas da Mata Atlântica; caminhada ecológica; e palestras sobre o consumo consciente; fatores estes determinantes para preservação do meio
ambiente e, por conseguinte, a melhoria da qualidade de vida através da obtenção de um ambiente sadio e saudável.

A sede Area de Preservação Ambiental do Engenho Pequeno encontra-se localizada na Rua Acácio Raposo, s/nº, bairro do Engenho Pequeno.

domingo, 19 de setembro de 2010

Estrada atropela maior lago subterrâneo do Brasil, na Bahia



Grupo Bambuí/Divulgação


A pavimentação de uma estrada no sudoeste da Bahia atropelou, literalmente, a caverna que abriga o maior lago subterrâneo do Brasil.

O estrago foi verificado por um espeleólogo e motivou a visita de uma equipe do Instituto Chico Mendes ao local na última sexta-feira.

O órgão, agora, quer descobrir se o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) errou na concessão da licença de um trecho da obra da rodovia BR-135 ou se o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) faz o trabalho num trecho não licenciado.

Vista do sistema de cavernas que abriga o lago subterrâneo no sudoeste baiano; espeleólogos relatam queda de pedras.

A vítima principal é o Buraco do Inferno da Lagoa do Cemitério, caverna que abriga o lago de 13.860 m2.

A gruta integra o sistema de cavernas João Rodrigues, no carste (formação de rocha calcária caracterizada por cavernas, que lembra um queijo suíço) de São Desidério, município baiano na fronteira da expansão da soja.

Segundo Alexandre Lobo, do Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas, há mais de uma centena de cavernas na região. Três dezenas delas são consideradas "expressivas" e deveriam estar protegidas. O Instituto Chico Mendes tem planos de criar uma unidade de conservação ali.

ALTERNATIVA

Em 2008, Lobo integrou uma equipe que mapeou as grutas na região de influência da BR-135. O objetivo era sugerir um traçado alternativo para a obra de pavimentação da estrada, justamente para desviá-la do carste.

No mês passado, o espeleólogo foi a São Desidério fazer fotos do lago subterrâneo. "Deparei com desmatamento e terraplenagem e as obras em curso", conta.

"No ponto onde o conduto [teto da caverna] é mais alto, sobre o lago, vi que havia blocos de rocha caídos recentemente", continua Lobo. "Há dolinas [buracos naturais na rocha calcária] entupidas, tudo isso resultado das máquinas que trabalham no local."

A estrada, é verdade, já passava por cima da caverna. Como era uma estrada de terra, porém, o trânsito local era pequeno. Quando o Dnit pediu a licença para pavimentar a estrada, que será usada para escoar a produção agrícola da região, o Ibama aproveitou para corrigir o traçado do trecho problemático.

Segundo o Dnit, 19 km dos 60 km da obra não receberam licença por decisão do Ibama. A obra continuou no restante. Em maio deste ano, o órgão autorizou que o asfaltamento prosseguisse por mais 14 km de estrada.

O Dnit afirmou à Folha, por meio de sua assessoria de imprensa, que a obra em curso se limita ao trecho autorizado. Os outros 5 km embargados, que segundo o departamento corresponderiam "à caverna", continuariam parados, à espera da conclusão do estudo sobre o desvio.

Lobo contesta o Dnit. Ele diz que há obras ocorrendo exatamente sobre a caverna.

"Inspecionamos a obra. Ela está ocorrendo", diz o gerente do Ibama em Barreiras, Zenildo Soares. "Falta definir as coordenadas do local onde ela foi impedida."

O espeleólogo Jussykledson de Souza, que mora em São Desidério, acompanhou na sexta a equipe do Instituto Chico Mendes que foi vistoriar o local. "O teto da caverna está caindo. Vimos blocos caírem", afirmou.

"Ter ou não ter licença só agrava a situação. O que nos preocupa é a integridade do sistema", disse Jocy Cruz, chefe do Cecav (Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas), do Instituto Chico Mendes.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/801135-estrada-atropela-maior-lago-subterraneo-do-brasil-na-bahia.shtml

CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA
19/09/2010 - 10h39

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Floresta amazônica usa matéria orgânica para "fabricar" chuva

É como se a Amazônia tivesse "aprendido" a fabricar a própria chuva. Migalhas microscópicas de matéria orgânica, que sobem da mata para a atmosfera, agem como "sementes" de nuvens na região, revela um novo estudo.

Uma equipe internacional de cientistas detalha o fenômeno, já conhecido, mas ainda pouco compreendido, na edição de hoje da revista especializada "Science".

"Pela primeira vez foi medida em detalhes a composição e a distribuição de tamanho dessas partículas", explica o físico Paulo Artaxo, da USP, coautor do trabalho ao lado de colegas do Brasil e de instituições do exterior.

Os dados foram obtidos na Reserva Biológica do Cuieiras, mantida pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) pouco mais de 50 km ao norte de Manaus.

Os pesquisadores usaram uma série de técnicas sofisticadas para saber de que eram feitas as partículas em suspensão no ar (conhecidas como aerossóis), além de avaliar o potencial que elas tinham para gerar as nuvens carregadas de chuva.

Os aerossóis são "sementes" de nuvens basicamente porque servem de plataformas em torno das quais o vapor d'água da atmosfera consegue se condensar, mais ou menos como as gotículas que aparecem na superfície de um espelho frio ao lado de um chuveiro quente.

No caso dos aerossóis, tanto gotas quanto cristais de gelo podem se acumular.

Dependendo do tipo e da quantidade das partículas, as nuvens atingem um tamanho crítico, e a chuva então despenca. Artaxo e companhia verificaram que, na estação chuvosa da Amazônia, aerossóis produzidos pela própria mata predominam, numa faixa que vai de 90% a 80% do total das partículas.

As maiores são pedaços de folhas ou esporos de fungos; as menores, e aparentemente entre as mais importantes, são moléculas emitidas pelas árvores que se transformam quimicamente em contato com o ar. "Essas últimas são chaves na formação de nuvens rasas", diz Artaxo.

Os cientistas comparam a floresta a um imenso reator: ela "usaria" plantas para produzir aerossóis os quais, por sua vez, trazem a chuva que sustenta a vegetação.

FONTE:http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=6400744889894136384
EDITOR INTERINO DE CIÊNCIA
REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR INTERINO DE CIÊNCIA

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sacolinha 'oxibio' ganha espaço no mercado

Material se degrada em apenas três meses, mas tecnologia é cercada de polêmica

Lojas bastante conhecidas, como C&A, Riachuelo, Pernambucanas e Kopenhagen , passaram a adotar as sacolas oxibiodegradáveis - que se degradam mais rapidamente que as comuns, principalmente quando expostas ao sol.

Essas controversas sacolas são feitas a partir de combustíveis fósseis, como as convencionais - o que contribui para o aquecimento global -, mas recebem um aditivo que agiliza sua decomposição.

De acordo com Eduardo Van Roost, diretor da RES Brasil, empresa que produz o aditivo, as oxibiodegradáveis já tomam conta de cerca de 18% do mercado de sacolas e sacos. E, no mundo, são produzidas em um total de 92 países e "encontradas em muitos outros".

A sacola pode se desfazer em três meses - se estiver exposta a sol e calor - ou em 18 meses - se estiver guardada dentro de casa. As comuns levam dezenas de anos para desaparecer.

As empresas explicam nas próprias sacolas o motivo que as levou a adquirir as oxibiodegradáveis.

A Saraiva, por exemplo, escreve que a sacola é "ecologicamente correta" e que a empresa, dessa forma, ajuda "a preservar o meio ambiente".

A Fototica diz em seu saco plástico que "tem consciência da importância da preservação do meio ambiente". Também afirma que "o que antes levava 300 anos para se decompor" agora "passa a acontecer em bem menos tempo".

Apesar do sucesso no mercado, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) não têm grande simpatia pelas sacolas oxibiodegradáveis.

A Plastivida, entidade que representa a cadeia produtiva do plástico, também é contra. "A polêmica surge toda vez que aparece um produto novo. Mas o sucesso dos oxibiodegradáveis se deve à perseverança nos testes. Acho que não existe um material tão testado. E eles não mostram toxicidade do produto", diz Van Roost.

Ele ressalta que o aditivo está em conformidade com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e hoje é usado também em embalagens de alimentos, como os pães do grupo Bimbo (que inclui as marcas Pullman e Nutrella).

Segundo a empresa, os plásticos e aditivos desaparecem por completo e sobram da degradação apenas água, pequena quantidade de CO2 e biomassa. Porém, assim como ocorre em relação aos plásticos convencionais, se houver tintas ou pigmentos nocivos ao meio ambiente eles vão permanecer na natureza.

Fragmentação

A campanha do ministério Saco é um Saco diz algo diferente: que o plástico com aditivo "apenas se fragmenta em pedaços menores, muito mais difíceis de conter que um saco plástico inteiro". E podem, assim, acabar se depositando em rios, ingeridos por peixes e outros animais.

Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida, chama o material de "engodo". "As pessoas pensam que a sacola sumiu. Mas, na verdade, ela continua na natureza, fragmentada e espalhada. É uma poluição que não te agride, porque você não enxerga, mas é muito mais grave."

A RES Brasil afirma que interesses econômicos motivam as críticas às sacolas oxibiodegradáveis. Mas Esmeraldo diz que, como as sacolas usam praticamente o mesmo material (com exceção do aditivo), para o setor em si a sacola não traz prejuízo. "Somos contra porque sabemos que, daqui a alguns anos, o problema ambiental vai aparecer."

A Plastivida considera que um benefício real ao ambiente virá somente com a redução do uso de sacolas. As campanhas de conscientização dos consumidores têm dado resultados: em 2007 foram usadas 17,9 bilhões de sacolas. No ano passado, o número caiu para 15 bilhões. "Nossa expectativa é chegar aos 14 bilhões neste ano", diz Esmeraldo.

FONTE: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100915/not_imp610048,0.php



terça-feira, 14 de setembro de 2010

Exploração sustentável de plantas medicinais e aromáticas

O lançamento de uma nova norma para a coleta e comércio de produtos ambientalmente sustentáveis irá beneficiar comunidades que dependem da extração de plantas medicinais e aromáticas. A nova norma combina a base de duas normas pré-existentes, a de comércio justo de plantas medicinais e aromáticas, da FairWild Foundation de 2006 e as Normas Internacionais para Uso Sustentável e Coleção de Plantas Medicinais e Aromáticas (ISSC-MAP), de 2007.

A pesquisa extensiva e consulta com especialistas na área de plantas medicinais e representantes da indústria de produtos herbais confere à nova norma maior experiência e conhecimento em relação às normas anteriores. A iniciativa pretende manter os recursos de plantas silvestres, prevenir impactos ambientais negativos causados pelas atividades de coleta, respeitar os direitos e costumes do plantio das ervas medicinais, assegurar os benefícios para as comunidades locais e o tratamento justo com os coletores, incluindo a limitação do trabalho infantil.

“A Aplicação da norma revisada irá assegurar que plantas medicinais sejam administradas e coletadas de forma sustentável, e que aqueles envolvidos na coleta e troca destas receba uma parte justa por seu esforço e conhecimento”, diz Bert-Jan Ottens, responsável por Comunicação e Marketing da FairWild Foundation.

A norma da FairWild é útil não só para empresas que desejam certificar seus produtos dentro do comércio justo, mas assim como as normas anteriores foram utilizadas por governos de diversos países como base da administração de seus recursos naturais, elas garantem o compromisso com a Convenção da Diversidade Biológica.

Mais de 400 mil toneladas de plantas medicinais e aromáticas são vendidas anualmente no mundo todo e, em sua maioria, essas espécies são colhidas em ambientes silvestres. Quase 22% das espécies medicinais utilizadas globalmente estão ameaçadas pela super exploração e por perda de habitat.

“No ano internacional da Biodiversidade, governos, empresários e consumidores devem reconhecer que a super exploração de plantas silvestres pode ameaçar a saúde das pessoas, a economia e a biodiversidade em larga escala, além de empobrecer a qualidade de vida dos coletores que, na maioria das vezes, pertencem às camadas sociais mais pobres de seus países”, diz o Professor Beate Jessel, presidente da BfN, agência alemã que ajudou na fundação da FairWild Foundation. (Laura Alves)

Fonte: http://www.oeco.com.br/salada-verde/24354-exploracao-sustentavel-de-plantas-medicinais-e-aromaticas

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

8 Motivos para apostar nos livros

Os benefícios da leitura são incontáveis. Veja por que ler sempre é fundamental

AMPLIA O CONHECIMENTO GERAL
Ler é um ato valioso para o nosso crescimento pessoal e profissional.

ESTIMULA A CRIATIVIDADE
Ler é fundamental para soltar a imaginação. Por meio dos livros, criamos lugares e personagens.

AUMENTA O VOCABULÁRIO
Graças aos livros, descobrimos novas palavras e novos usos para as que já conhecemos.

MELHORA A COMUNICAÇÃO
Além de ser envolvente, a leitura aumenta as referências e a capacidade de comunicação.

EMOCIONA E PROVOCA
Quem já se sentiu triste ao fim de um romance sabe o poder que um bom livro tem.

MUDA SUA VIDA
Quem lê desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida.

FAZ PENSAR NAS COISAS
Livros, inclusive os romances, nos ajudam a entender o mundo e a nós mesmos.

FACILITA A ESCRITA
Ler é um hábito que se reflete no domínio da escrita. Quem lê mais escreve melhor.

FONTE:Da redação
Revista Mundo Estranho - 08/2010
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educacao/beneficios-leitura-fundamental-educar-crescer-mundoestranho-594786.shtml

sábado, 11 de setembro de 2010

Tênis sustentáveis já estão no mercado brasileiro

10/09/2010 14:07:35


EcoD

Querido entre jovens e pessoas que optam pelo conforto, o tênis é aquele aliado na hora da corrida, da academia, da faculdade e até do trabalho. Novas linhas de marcas famosas chegaram ao mercado brasileiro e unem conforto, beleza e pensamento sustentável.

A Timberland, por exemplo, já está preparando sua coleção verão 2011 para quem pratica atividades físicas, como corrida ou trilha. Para os adeptos das atividades outdoor, a marca lançou o tênis TMA Mountain Run-Off Low.

Voltado para o público feminino, o tênis é ecologicamente correto por ser feito com o solado Green Rubber, em que 42% da borracha é de pneu reciclado. Além disso, os cadarços são de PET reciclado, assim como a maioria dos calçados da marca.

A marca também pensou no conforto. A parte externa é feita com a tecnologia “Stability Control Frame”, que aumenta a estabilidade dentro do calçado. Além disso, o tênis possui uma suspensão independente, que se adapta ao terreno, palmilhas removíveis e anti-microbiais. Para dar aquele toque feminino, o tênis é confeccionado nos tons de cinza e rosa. As interessadas podem comprar o produto por R$ 359,00 nas lojas da marca.

Outra linha de tênis sustentáveis foi lançada pela marca Öus. O couro dos tênis da linha Ecolab Vegetal são produzidos a partir do látex natural de seringueiras. A estampa é impressa em lona de algodão e o tecido é feito de PET reciclado. Além disso, o forro, que ganhou estampa de folhas, é feito com poliéster reaproveitado.

O solado dos tênis da linha Ecolab são de borracha produzida com látex in natura. Um detalhe interessante é que ele possui as cores verde e amarelo e seguem aquele modelo típico dos skatistas. Os preços variam entre R$ 260,00 e R$ 300,00.

Também querida pelos amantes do skate, a marca Vans é conhecida pelos tênis que aguentam lixa, asfalto e muito concreto. Foi pensando nos skatistas mais ligados nas causas ambientais, que a marca lançou alguns modelos para os pés responsáveis.

Seu último lançamento é um tênis feito para passeio, o tecido é feito de PET reciclado e utiliza tinta a base de água que não agride o meio ambiente. O tênis vem na cor vinho ou azul e pode ser comprado nas lojas da marca em todo o Brasil.

Outra opção é o tênis da Naturezza. 100% ecológico, ele é feito com tecido composto por algodão e garrafa PET reciclados e juta natural. O calçado traz ainda cadarço de juta e ilhós de alumínio vindo de latinha de refrigerante, ambos reciclados.

A sola é feita com cortiça reciclada e andiroba que tem propriedades antiderrapantes. A palmilha é feita com borracha atóxica conhecida por EVA (Etil Vinil Acetato) forrada com tecido tingido com tinta a base d’água, o que confere boa transpiração e conforto aos pés.

Lançada em junho, a marca faz parte do grupo Via Uno. Na produção dos tênis é usado um adesivo a base d’água em lugar da cola de sapateiro, extremamente tóxica. O calçado que vem na cor bege ou nude pode ser comprado nas lojas Via Uno por R$ 80,00.

(EcoD)
Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/tenis-sustentaveis-ja-estao-no-mercado-brasileiro/

terça-feira, 7 de setembro de 2010

17 Idéias para você Salvar o Mundo



1. Informe-se

Acompanhe as notícias sobre o meio ambiente, atualize-se, estude a fundo os aspectos que mais lhe interessam

2. Aja localmente

Pense a respeito de como colaborar na família, na vizinhança, na escola dos filhos e na comunidade. Participe mais de tudo e difunda suas idéias sobre um mundo melhor.

3. Pense localmente

Estabeleça vínculo entre temas locais e globais. Apesar de magnitudes diferentes, os dois universos se correlacionam.

4. Some

Antes de pensar em formar uma organização não-governamental, procure ema parecida na qual você possa se engajar.

5. Otimismo é fundamental

Envolva-se de maneira criativa e divertida. Se quer atrair outras pessoas, pense em discursos e eventos positivos.

6. Seja efetivo

Envolva-se, torne-se ativo, mas não duplique suas obrigações. Trabalhe para ampliar sua efetividade.

7. Crie notícia

Identifique temas que possam interessar a muitas pessoas. Então, escreva para jornais, revistas, redes de rádio e TV.

8. Planeje sua família

Se a população da Terra, em 2050, ficará em 7,9 ou 10,9 bilhões de pessoas, conforme projeta a ONU, a diferença será de um filho por casal.

9. Não polua

Não jogue pilhas e baterias de celular no lixo comum. Mantenha bacias hidrográficas, rios, represas e lagoas livres de lixo ou qualquer tipo de resíduo. Lembre-se: o cano que sai da sua casa provavelmente deságua num rio, numa lagoa ou no mar.

10. Preserve a biodiversidade

Espécies animais e vegetais merecem respeito. Plante árvores: elas produzem oxigênio e são abrigos para aves.

11. Seja coerente

Economize energia, água, prefira equipamentos que não prejudiquem a camada de ozônio, reutilize materiais, recicle o lixo caseiro, use menos o carro, ande mais a pé, evite produtos de origem animal.

12. Passe a sua vida a limpo

Reveja seu estilo de vida. Pense num padrão condizente com o mundo sustentável.

13. Boicote

Engaje-se em movimentos de boicote a produtos que não respeitam o meio ambiente. Aliás, nem espere por moviemntos: faça isso sempre que cair a ficha.

14. Eleja e cobre

Fiscalize o trabalho e a postura dos deputados e senadores ligados à sua comunidade ou cidade. Escreva para eles fazendo sugestões ou cobranças.

15. Separe o joio

Nunca na história tivemos acesso a tanta informação - e também a tantas opiniões diferentes. Faça a coisa certa.

16. Ensine as crianças

Preparar as novas gerações à luz de princípios ecológicos é a garantia de um mundo mais redondo daqui para frente.

17. Acredite no futuro

Estimule idéias inovadoras, invista em grupos não-governamentais, renove sua crença de que tudo vai dar certo. Quanto mais pessoas acreditarem na paz, mas ela será possível.



Fonte: Super Especial - Como Salvar a Terra/junho 2001

domingo, 5 de setembro de 2010

Biodiversidade: Guia de apoio aos educadores do Brasil

“Investigando a Biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil” é o título do livro organizado pela Conservação Internacional, Instituto Supereco e WWF- Brasil para apoiar o trabalho de educadores que tem o desafio de desenvolver ações e atividades pedagógicas envolvendo professores, crianças e jovens sobre o significado e a importância da nossa biodiversidade e como devemos conservá-la. A obra é uma adaptação brasileira para o material “Exploring Biodiversity”, uma copublicação da Conservação Internacional e do WWF.

O lançamento da publicação faz parte das comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade e do Dia Internacional da Biodiversidade (22/5).

Desde 18 de maio, data do lançamento, o guia para educadores está disponívelnos sites da Conservação Internacional (www.conservacao.org), Instituto Supereco (www.supereco.org.br) e WWF-Brasil (www.wwf.org.br).

“Este guia é resultado de um dedicado esforço do corpo técnico das três ONGs que revisaram e complementaram as informações originais, adequando-as à realidade brasileira e preparando-as para que seja um instrumento pedagógico de trabalho útil no dia a dia do educador. A formação de crianças e jovens sobre o valor da nossa natureza, da sua biodiversidade e como dependemos dela é fundamental para engajarmos esse público na conservação da natureza, uma responsabilidade de todos nós”, afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

Para Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da CI-Brasil, somente por meio do reconhecimento da importância social da biodiversidade é que as futuras gerações poderão manter e adequar o Brasil rumo ao desenvolvimento sustentável. “É por meio do conhecimento que podemos preservar a fauna e a flora e, consequentemente, seus serviços ambientais, conquistando a sustentabilidade no uso dos recursos naturais”, diz Prado. “É imperativo que deixemos essa preciosa herança para nossos filhos”, complementa.


A obra

O livro, que reúne textos e atividades práticas em 133 páginas, é voltado ao educador com o objetivo de fortalecer a importância pedagógica do tema, trazendo conceitos, metodologias e atividades que contribuam para o aprimoramento do seu trabalho como multiplicadores de educação ambiental junto ao público infanto-juvenil.

Voltada à realidade brasileira, a publicação traduz conteúdos científicos, geralmente técnicos e complexos, de forma lúdica e atraente para sensibilizar educadores e educandos a investigar, analisar e reconhecer a importância da biodiversidade brasileira, de seus serviços ambientais, as ameaças de extinção e os desafios para a sua conservação, bem como as possíveis soluções, com casos de sucesso apresentados.

Segundo a coordenadora geral do Instituto Supereco, Andrée de Ridder Vieira, essa publicação é importante e fundamental para o Brasil, não só por sermos o país da megadiversidade, mas porque crianças, jovens e adultos ainda desconhecem sua biodiversidade e como ela está presente no seu dia a dia “Nosso objetivo é contribuir com materiais qualificados de educação ambiental e adequados ao ensino formal brasileiro. Há muito por conhecer e fazer e a escola é um espaço essencial de formação e de mobilização”, ressalta Vieira.

A faixa etária recomendada para a aplicação prática do material é de crianças e jovens de 11 a 14 anos, mas diversas atividades podem ser adaptadas para grupos de crianças mais novas e adultos.


FONTE:http://www.supereco.org.br/siteNews.av

terça-feira, 31 de agosto de 2010

WWF-Brasil promove Seminário de Atualização sobre Biodiversidade

O WWF-Brasil promove de 1º a 2 de setembro, em São Paulo, o terceiro ‘Seminário de Atualização para Jornalistas sobre Biodiversidade’. O encontro irá gerar debates com representantes dos ministérios do Meio Ambiente e de Relações Exteriores, Superior Tribunal de Justiça, e de instituições de pesquisa, além dos jornalistas convidados.

O objetivo do evento é prover informações sobre os desafios para a conservação da biodiversidade e, ainda, analisar como o Brasil está inserido nas políticas globais sobre o meio ambiente. “O seminário pretende analisar esses temas em contextos diferenciados e promover debates sobre assuntos ligados à diversidade biológica, ecossistemas e economia no Ano Internacional da Biodiversidade”, explica Denise Hamú, secretária-geral do WWF Brasil.

A agenda antecipará discussões em um ano em que serão realizados outros eventos mundiais de grande importância para a área. Um deles é o lançamento no Brasil, em 9 de setembro, do estudo completo sobre a Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB The Economics of Ecosystems and Biodiversity). O estudo consiste em um diagnóstico com avaliações sobre o valor econômico da biodiversidade e uma série de relatórios aplicados, destinados a tomadores de decisão, governos e políticas públicas, empresas e negócios e cidadãos.

Em setembro acontece ainda a Sessão Especial sobre Biodiversidade da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU), quando líderes mundiais deverão ter em pauta temas relacionados à biodiversidade. E, por fim, a CoP-10/CDB, que acontecerá em Nagóia, no Japão, de 18 a 29 de outubro, quando provavelmente serão aprovados o Plano Estratégico 2011-2020, o protocolo sobre repartição dos benefícios advindos do uso dos recursos genéticos e a revisão do Programa de Trabalho sobre Áreas Protegidas.

“Acreditamos ser de fundamental importância dialogar sobre perdas, metas e soluções para biodiversidade com a imprensa, bem como discutir a importância e as dificuldades em tratar os temas nas mídias brasileiras e internacionais”, explica Denise Hamú.

Seminário de Atualização para Jornalistas sobre Biodiversidade
Quando: 1 e 2 de setembro de 2010
Local: Hotel Tulip Inn Interative Flat, Rua José Maria Lisboa, 555 – Jardins, em São Paulo

Mais informações sobre o seminário, como a programação completa, o perfil dos participantes e recomendações de leitura sobre biodiversidade, em www.wwf.org.br/seminario2010.


Fonte: http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?uNewsID=25820&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter&utm_campaign=website-news

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A vantagem dos transportes sobre trilhos


27/08/2010 - 9h33

Fonte: www.triangulo.org.br

Rápidos, baratos e seguros. Os ambientes urbanos só têm a ganhar com os trens

O trem revolucionou a questão dos transportes no século XIX. Principalmente após a Revolução Industrial, quando esse transporte foi fundamental para a deslocação das matérias-primas para as fábricas e também para levar produtos até as pessoas de re-giões distantes.

Ao longo do século XIX e na primeira metade do século XX, principalmente na Europa e na América do Norte, muitas ferrovias foram construídas promovendo a integração nacional, estimulando o comércio e facilitando a circulação de pessoas e mercadorias.

Em alguns países, como os Estados Unidos e o Canadá, foram construídas grandes ferrovias, algumas que até cruzam o território, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. No entanto, entre as décadas de 1940 e 1960, houve um certo declínio das ferrovias, que cederam lugar às estradas de rodagem.



DECLÍNIO

Atualmente, se a malha ferroviária brasileira fosse dividida pela extensão do País, certamente teríamos números bem menores que os europeus. Mas para isso há uma explicação, segundo o professor-doutor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Telmo Giolito Porto. "França, Alemanha, Bélgica, Espanha e, fora da Europa, o Japão, têm densa malha ferroviária e maior percentual da matriz de transporte atendido por ferrovia. Não podemos, contudo, esquecer das dificuldades do Brasil, escassez e custo do capital, e topografia.

Entre planalto e portos, sempre há uma serra no Brasil e vencer serras por ferrovia é especialmente caro, em função das exigências de raio mínimo e rampa máxima, típicas da ferrovia", esclarece.

Além disso, há também o fato de não só o Brasil, mas diversos países em desenvolvimento optarem pelo investimento em transportes rodoviários a partir da década de 50. No livro "Transportes no Brasil: a Opção Rodoviária", de Margarida Cintra Gordinho, a autora explica que o fracasso da maioria das ferrovias brasileiras começou quando elas foram impossibilitadas de saldarem os juros dos empréstimos devidos ao Governo Federal. Por causa disso, elas acabaram transferindo seus equipamentos e propriedades ao Estado. "O avanço do projeto de industrialização, a partir de 1930, a integração do mercado interno e a centralização estatal nos investimentos para o crescimento do País levaram ao abandono da prioridade para a ferrovia".

Foi então no governo de Juscelino Kubitschek que a escolha pelo transporte sobre rodas ocorreu, com a instalação da indústria automobilística no Brasil.

Assim, esse sistema se consolidou na época como a modalidade de integração.



ASCENSÃO

A partir da década de 70, os transportes sobre trilhos voltaram a ter uma ascensão, graças a vários fatores. A crise do petróleo, o desenvolvimento tecnológico - que trouxe modernidade para o setor de transportes - além da própria expansão populacional urbana, foram alguns dos motivos que exigiram maiores investimentos em transportes de massa.

E essas necessidades continuam tão atuais - e talvez até mais urgentes - do que há quase 40 anos. Um dos maiores problemas da atualidade, que pode ser verificado, principalmente, nos centros urbanos, é o crescimento populacional aliado à facilidade em se adquirir um automóvel. Só isso já é o suficiente para que o investimento no setor seja imprescindível.

Porto acredita que tanto São Paulo como o Rio de Janeiro, por exemplo, têm malhas ferroviárias urbanas com bom potencial; só é preciso tirar um melhor proveito desta capacidade. "Isto envolve investir em diferentes subsistemas - via, eletrificação, sinalização, telecomunicações, material rodante - de maneira coordenada, de modo a se aumentar a oferta e a qualidade do transporte. É necessário dizer que as questões do transporte sobre trilhos em São Paulo e no Rio de Janeiro vêm sendo estudadas há vários anos por especialistas competentes, existe muito conhecimento acumulado. Não existem, portanto, soluções mágicas, geniais de última hora; cumpre apenas seguir o que já se sabe".

Para o doutor em Engenharia de Produção e diretor técnico da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Marcus Quintella, o transporte público sobre trilhos produz "um imensurável lucro humanístico e ambiental" e demonstra com um exemplo: "um metrô padrão, de uma cidade como Salvador, por exemplo, conduziria, anualmente, a uma diminuição de 640 milhões de litros de gasolina, 140 milhões de litros de álcool anidro, 49 milhões de litros de álcool hidratado e mais de 1,7 bilhões de litros de óleo diesel, por conta da menor necessidade de veículos nas ruas. Em valores de 2008, o total de recursos poupados seria de R$ 5 bilhões. A redução da poluição do ar evitaria o desembolso de mais de R$ 160 milhões para mitigação dos impactos gerados. Esse valor seria capaz de sustentar mais de 50 mil Bolsas-Família por ano. Os grandes sistemas metroferroviários brasileiros emitem 75% de óxido de nitrogênio a menos que os automóveis com um ocupante apenas e quase nenhum hidro-carboneto e monóxido de carbono", exemplifica.



VANTAGENS

Em termos de transporte, nenhum outro oferece tanta capacidade de levar pessoas, ocupando menos espaço urbano, como os trens e metrôs. Uma via férrea é capaz de transportar cerca de 60.000 passageiros por hora, por sentido. "Seria impossível transportar a mesma quantidade de pessoas, ocupando a largura de uma via, por veículos rodoviários", diz Porto, que completa: "é por esta razão que muitas vezes nos referimos aos sistemas sobre trilhos como troncais ou estruturadores, pois são capazes de receber a transferência de passageiros de outros modos e de garantir a vitalidade social e econômica nas metrópoles. São as artérias sobre as quais os arquitetos podem planejar uma cidade boa e bela. Num modelo ideal, os trens urbanos aproximam os passageiros do Centro, enquanto o metrô os distribui pelo Centro".

Outra vantagem do sistema ferroviário é a economia de tempo no transporte.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) identificou que mais de 80 minutos perdidos constantemente no percurso casa-trabalho-casa podem causar uma redução de 21% na produtividade profissional das pessoas. Isso sem contar os congestionamentos, que causam muito desconforto para os usuários do transporte público e também para os cidadãos motorizados, comprometendo a qualidade de vida de todos. "Considerando-se que um trabalhador típico de uma cidade como Rio de Janeiro ou São Paulo gaste, em média, atualmente, três horas por dia dentro de um meio de transporte, o tempo total gasto, numa vida de trabalho de 35 anos, corresponde a três anos e meio de vida perdida dentro de um veículo, público ou particular. Quanto custa isso, em termos de danos físicos e psicológicos?", questiona Quintella.

Basta observar as velocidades médias dos automóveis e ônibus urbanos. É visível que elas diminuem a cada ano, por conta do crescimento dos congestionamentos. “No Rio de Janeiro, há dez anos, certas distâncias que eram cobertas em 40 minutos, hoje levam 70 minutos, produzindo, assim, uma inflação de tempo de 75%, ou seja, 5,8% ao ano”, diz Quintella.

O ganho ambiental é outra vantagem que o transporte sobre trilhos apresenta. Apesar de sua obra causar impactos no ambiente, como ruído e vibração, e provocar reflexos na fauna e na flora, ainda assim, de forma geral, o investimento compensa. Porto acredita que os ganhos ambientais das ferrovias são muito maiores que seus impactos negativos. "Basta ver a questão da poluição, da saúde pública e da menor agressão ao meio, em função de menor ocupação do terreno".

O lucro humanístico, também é visível. Os acidentes de trânsito caem consideravelmente com esse transporte, gerando menos danos às famílias e à sociedade de forma geral. Isso sem falar de outras vantagens, como a diminuição dos tempos de viagem, a economia de combustíveis e a redução de congestionamentos. Segundo Quintella, há também uma valorização dos imóveis residenciais e de negócios próximos às estações de sistemas metroferroviários.

O transporte impulsiona o desenvolvimento econômico regional, gera empregos e reduz os custos de manutenção das vias urbanas, elevando a arrecadação tributária. “Além disso, são gerados benefícios intangíveis como conforto, segurança, tranquilidade e qualidade de vida”, acredita Quintella. (Fonte: Revista Ambiente Urbano)

Em defesa do clima

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