quinta-feira, 26 de abril de 2012

PV na Campanha Veta Dilma




acesse o link: http://youtu.be/a6wfN09IaGU

Este vídeo lança a campanha do Partido Verde (PV) “Veta Dilma”. Nele os verdes pedem que a presidenta, Dilma Rousseff cumpra com a promessa de usar o seu direito de veto aos artigos do Código Florestal introduzidos pelos ruralistas e aprovados na Câmara dos Deputados, com 274 votos a favor, 184 contra e duas abstenções.
O relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) autoriza atividades agrícolas em Áreas de Preservação Permanentes (APPs), permite que cada estado estabeleça a área de regularização ambiental, além de consentir à anistia para os desmates ocorridos até julho de 2008.
Segundo matéria publicada no site “Noticias Agrícolas”, os ruralistas prometem derrotar o veto do governo: “Portanto, se houver algum veto, o Senador José Sarney (PMDB-AP) será comunicado no máximo 48 horas depois da votação na Câmara. Será preciso centrar toda a pressão política possível e impossível no presidente do Congresso Nacional. Será preciso pressioná-lo a convocar uma sessão do Congresso para conhecimento dos vetos, tão logo o Executivo comunique que vetará o texto. Se o presidente do senado José Sarney, ou quem estiver ocupando o cargo de Presidente do Congresso, não convocar a sessão, os vetos jamais serão apreciados. Talvez aqui seja necessário obstruir novamente as votações nas duas casas do Legislativo”.
Já circula na internet o abaixo assinado “Veta Dilma” para o Código Florestal cliqueaqui, mas além de uma campanha virtual através de nossas mídias sociais também precisamos fortalecer nossas ações concretas precisamos ir para as ruas, mobilizar, conversar com as pessoas em cada estado divulgando os nossos argumentos para a sociedade. Este é um momento em que nós do Partido Verde contamos com o seu apoio filiado de cada estado para fortalecer o alcance da campanha “Veta Dilma”.
Vamos à luta !

Deputada Estadual Aspásia Camargo (PVRJ) é pré-candidata à prefeitura do Rio



Mobilizar os cariocas para despoluir a política do Rio e juntos buscar soluções para os problemas da cidade. Com este objetivo o Partido Verde do Rio organizou na terça-feira, 24/04, reunião ampliada da executiva municipal para debater sua posição nas próximas eleições. O encontro, realizado na sede estadual do partido, definiu a deputada estadual Aspásia Camargo como pré-candidata a prefeito do município. O ambientalista Rogério Rocco que também pleiteava a indicação abriu mão da disputada em favor do comprometimento partidário com uma atuação política claramente vinculada ao campo da oposição.

Na reunião, coordenada pelo presidente do PV Rio, José Augusto Silveira, estiveram presentes os membros da executiva do PV Rio, além de representantes de núcleos regionais cariocas e de ação temática, como os grupos de juventude, mulheres e ecologia social. Durante o encontro a pré-candidata apresentou suas propostas para a cidade, uma avaliação da administração municipal em vigor.

O ex-deputado federal Fernando Gabeira - na eleição de 2008, ele perdeu no segundo turno para Paes por menos de 50 mil votos – disse que a realização da Rio +20, em junho, pesou na decisão do PV de manter uma candidatura própria.  Aspásia também reafirmou a importância da repercussão internacional de candidatura verde. “A realização da Rio +20 foi uma provocação para nós lançarmos a candidatura própria”, defendeu a deputada estadual.  Aspásia  anunciou que vai levar a idéia de sustentabilidade e economia verde para a campanha eleitoral.

A deputada estadual Aspásia Camargo (PV-RJ) é professora da UERJ e pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas.  Aspásia tem larga experiência executiva no setor público e exerceu cargos importantes. Foi Secretária Geral do Ministério do Meio Ambiente, Presidente do IPEA, Secretária Estadual de Cultura. Em 2002 foi candidata a governadora do Estado do Rio de Janeiro. Em 2004 elegeu-se pela primeira vez vereadora da cidade do Rio de Janeiro. Foi reeleita em 2008 com ampla votação como reconhecimento de seu trabalho. E em 2010 elegeu-se deputada estadual. Tem atuado com muita presença nas reuniões preparativas da RIO+20, e ajudou a formatar o texto final do Global Greens 2012 com as propostas sobre Economia Verde para o encontro.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

III GLOBAL GREENS EM DAKAR



Resolução a respeito da Cúpula Rio + 20
Tradução para o português: José Paulo Toffano
Revisão: Lunna Lima
Do grupo de trabalho Rio + 20
RETROSPECTO
1. A primeira conferência das Nações Unidas para o meio ambiente e o desenvolvimento – a Cúpula da Terra –aconteceu no Rio de Janeiro em 1992, onde os verdes do mundo todo se reuniram pela primeira vez.
2. O resultado da Declaração do Rio reconheceu o direito de cada nação buscar seu progresso social e econômico e estabeleceu o conceito de desenvolvimento sustentável delimitado através da integração dos pilares social, econômico e ambiental. Ela levou em consideração o estilo de vida de nossa civilização atual e reconheceu a necessidade urgente de uma profunda mudança nos nossos padrões de produção e consumo.
3. Em 2000 as Nações Unidas estabeleceram as oito Metas de Desenvolvimento do Milênio para erradicar a pobreza extrema, alcançar a educação básica para todos, promover a igualdade dos gêneros fortalecendo as mulheres, reduzir as taxas de mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/AIDS, malária e outras doenças, assegurar a sustentabilidade ambiental, e estimular uma parceria global para o desenvolvimento.
4. Essas metas devem ser alcançadas até 2015, mas ainda passam longe dos seus objetivos.
5. A cúpula mundial Rio + 10 para o Desenvolvimento Sustentável aconteceu em Johannesburgo em 2002 para renovar o compromisso global de desenvolvimento sustentável, mas foi amplamente considerada como uma oportunidade perdida tendo a agenda controlada por interesses comerciais.
6. Em Junho de 2012 a comunidade mundial retornará ao Rio para a conferência das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável (Rio + 20), que focará dois temas: Uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. O governo brasileiro quer fazer deste encontro o maior já realizado pelas Nações Unidas em sua história, mas não fará sentido a menos que haja também uma ambição para se produzir FORTES acordos para nos conduzir a um verdadeiro caminho de desenvolvimento sustentável e a execução de uma governança ambiental.
7. Um milhão e 400 mil pessoas vivem ainda na extrema pobreza (metade delas nos países chamados Subsaharianos), um sexto da população do mundo está subnutrida enquanto a insegurança alimentar aumenta e o desemprego e o subemprego continuam a ser realidade para grande parte da população nos países em desenvolvimento; 70% das pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 por dia são mulheres; as mudanças climáticas representam uma séria ameaça para a redução da pobreza, para os direitos humanos, para a paz e a segurança e para o alcance das metas do milênio em muitos países em desenvolvimento.
Nós, os Verdes do Mundo (Global Greens), reunidos no congresso de Dakar, em 1 de abril de 2012, produzimos a seguinte declaração:
1- Nós entendemos que as três convenções, que nasceram no Rio, em Mudanças Climáticas (UNFCCC), Biodiversidade (CBD) e Desertificação (UNCCD) significaram grandes passos na cooperação multilateral internacional e geraram pactos complementares de considerável valor, como o Protocolo de Kyoto, o de Cartagena e o de Nagoya.
2- A Rio + 20 tem que responder ao desafio de uma população mundial, cuja expectativa de crescimento é de pelo menos nove bilhões em 2050, o que exigirá demandas ainda maiores de nossos limitados recursos naturais e levará a uma demanda sempre crescente por água, solo e floresta. Isto irá causar perdas ainda maiores de biodiversidade, pesca predatória, degradação do ecossistema, desmatamento e retirada de terra de povos indígenas. A população mundial e o consumo exagerado tem que se voltar para a melhoria da saúde, educação, bem estar social e o fortalecimento das mulheres.
3- Tornaremos claras nossas demandas a respeito das mudanças climáticas em uma outra resolução, mas devemos enfatizar aqui que o aquecimento global e o aumento constante da instabilidade climática colocam o contexto dramático e urgente contra o qual todos os argumentos de sustentabilidade têm que ser ponderados. Dados recentes de que estamos enfrentando aquecimento de 4 graus Celsius por conta das atuais emissões de gases de efeito estufa nos leva novamente ao caminho de autodestruição que nos encontramos.
4- Portanto, a Rio + 20 representa a oportunidade de negociar uma abordagem integrada e efetiva do desenvolvimento sustentável através dos três pilares: ambiental, econômico e social. Isso é imperativo para abordarmos os desafios múltiplos e inter-relacionados que estão identificados pelas 8 Metas do Milênio das Nações Unidas, assim como as questões de segurança alimentar, acesso e conservação à água adequada e segura, desemprego e subemprego, mudanças climáticas e abastecimento energético, guerra e abusos dos direitos humanos.
5- A Rio + 20 representa uma grande oportunidade para reafirmar a visão sistêmica do desenvolvimento sustentável, exigindo uma mudança radical do sistema atual. Necessitamos de uma transformação ecológica e social que nos permita atingir os objetivos fundamentais da justiça social e a preservação dos recursos naturais do planeta. Nós precisamos desenvolver, com urgência, indicadores que englobem esses valores e vão além da medida obsoleta e orientada pelo crescimento econômico chamado PIB (GDP).
6- Precisamos com urgência de um novo tratado para proteger e cuidar de nossos oceanos, que tem um papel essencial nos processos climáticos mundiais, são fonte importante de energia, abrigam uma rica biodiversidade, e provêm subsistência sustentável, bem como elementos essenciais para a vida, incluindo comida, medicamentos e água fresca. Todos estes atributos estão ameaçados.
7- Existem novas formas de migração tais como os deslocamentos induzidos por questões ambientais e climáticas e, portanto, pedimos pelo estabelecimento de novas políticas migratórias direcionadas aos desafios internacionais das migrações induzidas por questões ambientais e climáticas, reconhecendo que as pessoas têm o direito de se mudar para sobreviver e de serem aceitas em outros países.
8- Com respeito ao tema da cúpula- a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza - os Verdes do Mundo (Global Greens):
a) Insistem que a ênfase na economia verde deve refletir a aceitação de limites ao crescimento econômico (PIB) tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento e a necessidade de se optar por formas genuinamente sustentáveis ou por redes de carbono zero de desenvolvimento econômico.
b) Insistem que a ênfase na economia verde deve refletir pensamento realmente inovador tal como o Conceito do Pacto Verde (Green New Deal) que fornece empregos em trabalhos que protegem, não danificam o meio ambiente; desenvolve tecnologias verdes. A nova economia verde não deve ser um revestimento para a pintura verde corporativa (corporate green wash) ou para tirar a atenção da necessidade de práticas sustentáveis, mas facilitar uma mudança dos padrões de produção e consumo das economias desenvolvidas e das emergentes.
c) Enfatizam a necessidade de focar em desafios novos e emergentes do comércio mundial, tal como a escassez dos recursos, o custo sempre ascendente das commodities, a necessidade de transferir tecnologias verdes para os países emergentes, as consequências de longo prazo para a estabilidade econômica e social de tais problemas e a necessidade de redistribuir a riqueza dos países desenvolvidos para aqueles em desenvolvimento e dentro dos próprios países. Os mecanismos e os meios para se enfrentar esses desafios incluem a transferência de tecnologia verde entre todos os países, tanto entre os desenvolvidos quanto os em desenvolvimento.
d) Salientam que a transição em direção a uma economia verde exige ação imediata para a proteção dos ecossistemas, eficiência e sustentabilidade dos recursos e da proteção do capital natural, enquanto promove a produção e o consumo sustentável.
9- Com respeito ao tema da cúpula- a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável - os Verdes do Mundo:
a) Entendem que os desafios à frente estão mutuamente relacionados, são interdependentes e urgentes e que o processo de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas deve receber uma estrutura avançada e coerente, incluindo uma abordagem coordenada entre as três conferências do Rio (Mudança Climática, Biodiversidade e Desertificação).
b) Pedem uma elevação da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CSD) dentro da estrutura institucional das Nações Unidas e considera que o Programa de Meio Ambiente da ONU e outras agências relacionadas à ONU deveriam ser transformados dentro do sistema da ONU pela criação de uma Organização Mundial de Meio Ambiente democraticamente responsável.
c) Pedem pelo estabelecimento de metas, alvos e indicadores claros para medição do desenvolvimento sustentável e garantir resultados em 2020 e 2050.
d) Pedem pelo reconhecimento do papel considerável das cidades na implementação de modos de desenvolvimento sustentável.
e) Acreditam que a responsabilidade ambiental deve ser incorporada em todas as instâncias de governança local e mundial e insistir na imediata adoção do PIB Verde (Green GDP).
f) Pedem uma corte internacional de meio ambiente, para que a legislação ambiental global se torne mais forte e executável e que esta alta corte possa resolver conflitos de regras comerciais e a Organização Mundial do Comércio (OMC).



Em defesa do clima

https://www.youtube.com/watch?v=QKnBGpo2MAE