domingo, 20 de janeiro de 2013

Petrobras não poderá usar o Rio Guaxindiba


O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, disse ontem que a Petrobras não poderá usar o Rio Guaxindiba, que corta a Área de Proteção Ambiental Guapimirim, para o transporte de equipamentos pesados destinados à construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).
O Rio Guaxindiba, que desemboca na Baía de Guanabara, passa pela Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim, que abriga o último grande manguezal preservado da baía. A decisão de proibir o transporte de equipamentos pesados pelo rio foi tomada, semana passada, em comum acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela gestão dessa unidades de conservação de âmbito federal.
“Não vamos autorizar a passagem pelo rio. O estudo inicial era uma pequena dragagem, que não ia afetar muito, mas depois se viu que era um pouco maior, e realmente os reflexos poderiam ser maiores. Como a gente já tinha licenciado o porto de São Gonçalo e a estrada ligando o porto ao Comperj, achamos que os custos ambiental, social e político não compensavam”, completou.
Além disso, segundo Minc, como a dragagem do leito do Rio Guaxindiba envolveria mais de 100 mil metros cúbicos de sedimentos retirados, seria necessário um Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) e a realização de audiência pública para um eventual licenciamento, o que poderia atrasar ainda mais essa opção.
Minc ressaltou ainda que a Petrobras já está executando investimentos da ordem de R$ 600 milhões na região exigidos como contrapartida para o licenciamento ambiental do Comperj.

O FLUMINENSE
17/01/2013

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