A chuva castigou as cidades de Nova Friburgo e Teresópolis, na Região Serrana do Rio, na madrugada desta quarta-feira. Até o final da manhã desta quarta-feira, 48 pessoas foram encontradas mortas só em Teresópolis. Duas vítimas fatais em Petrópolis, e dez em Nova Friburgo, entre eles quatro bombeiros que faziam uma operação de resgate.
Vários deslizamentos prejudicaram o trânsito nas principais estradas que dão acesso à região. A assessoria de imprensa da concessionária Rota 116, administradora da rodovia que liga o Rio a Friburgo, informou que devido as diversas quedas de barreiras ao longo da estrada, dois trechos estão fechados ao trânsito desde a madrugada: no Km 88, na altura de Furnas, e do Km 75, em Muri, ao Km 78, em Ponte da Saudade. Não há previsão de liberação da via.
Já na Rio-Teresópolis, pista sentido Além Paraíba, vários pontos estão interditados por causa de quedas de barreiras e de vegetação. A CRT, concessionária que controla a rodovia, ainda não tem um levantamento dos trechos mais complicados. A Serra de Petrópolis também tem vários pontos interditados por obras e queda de barreiras.
E as notícias não são boas, pois a Defesa Civil do município do Rio voltou ao estado de vigilância na manhã desta quarta-feira. De acordo com o Centro de Operações da prefeitura, a previsão para as próximas horas é de chuva fraca na cidade. A chuva também atingiu diversos bairros do Rio e deixou o município em estado de alerta.
"Mais um Ano de Lama e Morte"
ResponderExcluirMais um Ano
Depois de um ano, no Morro do Bumba, 3.200 famílias que foram desabrigadas por conta do desabamento então ocorrido, encontram-se hoje morando em casas com o aluguel pago pela Prefeitura de Niterói. Outras 800 ainda esperam receber o benefício.
Há um ano, as chuvas também fizeram vítimas em outras regiões do Rio de Janeiro. Desabamentos no Morro do Carioca e na Ilha Grande, ambos em Angra dos Reis e no Sul Fluminense que juntamente com o desastre no Morro do Bumba somaram 220 mortes. Mais de duas centenas de pessoas que não contarão com remédio oferecido pela Prefeitura. Para estas, o descaso custou a vida.
Um ano e tudo se repete. Novamente a chuva, os deslizamentos, as mortes, os desabrigados, as autoridades procurando bodes expiatórios e as reportagens especiais. Tudo se repete e nada é feito. E desta vez, dentre as mais de 600 mortes até agora, não temos apenas 'favelados' que construíram seus barracos em área de risco. Temos ricos empresários, donos de grandes fazendas e sítios e proprietários de aras em meio aos mortos, feridos e desabrigados. Será que, assim como nos demais anos, as autoridades vão culpar os moradores que insistem em construir em encostas? Será que a culpa vai mais uma vez recair sobre quem está soterrado?
http://amahet.blogspot.com/2011/01/mais-um-ano-de-lama-e-morte.html